Ao depor, ex-Strans fala sobre empresa “de fora” que atuou em Teresina

Jogo do Poder repercute depoimentos de Carlos Daniel e Weldon Bandeira na CPI do Transporte Público, da Câmara de Vereadores

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Ao depor na CPI do Transporte Público nesta terça-feira (15/06), na Câmara de Vereadores de Teresina, Carlos Daniel, que chefiou a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito entre 2014 e 2019, confirmou que pelo menos três vezes foi autorizada a operação de veículos para além do outorgado na licitação para operação do serviço na capital. O tema foi debatido no Jogo do Poder, do Jornal Agora.

Segundo ele, as operações se deram para a garantia da prestação do serviço à população. Em alguns casos, com a cessão de ônibus de empresas de dentro do próprio consórcio, e num terceiro, com a locação de veículos de uma empresa de fora, que só depois foi descoberto pela superintendência.

Daniel deixou claro que quando a empresa faz a solicitação dos veículos para rodar a responsabilidade é do consórcio, inclusive em caso de acidentes. “Não é obrigado que o ônibus seja dele e que tenha sido pago à vista, para funcionar, ele é obrigado a solicitar a autorização da Strans”, disse.

Carlos Daniel destacou ainda que os pedidos para liberação de veículos foram feitos pelas empresas, e não pela Strans. “(Foram) autorizados como forma de melhorar o atendimento em cada zona. Quando uma empresa estava com muita dificuldade, saísse para não atrapalhar. Isso foi feito, e jamais eu disse a qualquer um deles, qualquer coisa. Foi dito de lá para cá, pedindo para colocar esses carros, como forma de diminuir esse sofrimento. Eles começavam a ter os carros velhos, teriam que ser substituídos e eles não tinham condições. Ele diziam, ‘rapaz, nós não temos condições. A solução que tem é essa aqui. Pode?’, e eu disse, ‘pode’”, respondeu ao presidente da CPI, vereador Dudu (PT), durante o depoimento.

Ex-superintendentes da Strans foram ouvidos em depoimento na CPI do Transporte da Câmara de Teresina. Foto: Divulgação/Câmara de Teresina

O segundo a ser ouvido foi o ex-superintendente Weldon Bandeira, que ficou no cargo até dezembro de 2020. Ele foi questionado por Dudu sobre o valor pago às empresas no ano eleitoral. Segundo Weldon, o montante é referente a parcelamento de dívidas da gestão com as empresas.

“O último acordo ele foi firmado em outubro de 2019. Onde se apurou todos os débitos do município de janeiro de 2015 a setembro de 2019. Chegou-se a um saldo, indicado por perícia judicial, acordado entre as partes e homologado em juízo em outubro de 2019, e a partir daí deu-se o parcelamento desta dúvida, uma vez que o município não dispunha deste saldo de imediato para pagar. Esse parcelamento encerrou-se em dezembro de 2020. Então, esse valor de R$ 36 milhões são dívidas apuradas do sistema”, explicou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES