Aumento da passagem para R$ 3,71 gera polêmica em Teresina

Aumento da passagem para R$ 3,71 gera polêmica em Teresina

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O novo reajuste da tarifa de ônibus, que passará de R$ 3,30 para R$ 3,71, está provocando polêmica nas ruas de Teresina. Os usuários do transporte público reclamam da estrutura e dizem que não há justificativa para o  aumento de 12%. “Não pode aumentar porque o salário minimo é muito pouco”, disse uma dona de casa.

“É um absurdo! Isso não tem condição, não. Eu tenho meus filhos que estudam, que pagam ônibus, e eu estou desempregada!”, relata uma outra. “É absurdo! Ninguém tem condição de pegar passagem desse preço”, reclamou uma senhora. “Eu acho um absurdo porque a população é pobre e precisa de uma passagem menor”, disse um senhor.

Por dia, cerca de 300 mil pessoas utilizam transporte coletivo público na capital que conta com mais de 500 ônibus em circulação em quase 300 linhas. Desde o ano passado o valor da passagem está congelado em R$ 3,30. Em 2018, o valor deve subir outra vez.

Uma proposta, aprovada ontem pelo Conselho de Transporte da Capital, pode elevar o valor da taria de ônibus para R$ 3,71. Foram 12 votos a favor do aumento, 2 contra e uma abstenção.

A Associação dos Usuários não concorda com a proposta de reajuste, conforme informa o presidente José Borges. “A tarifa de R$ 3,30 já tirou muito passageiro e esse valor de R$ 3,71 vai tirar muito mais, tendo em vista que há muita reclamação. O sistema em 2017 não teve sequer um ganho. Hoje, a segunda passagem da Integração está sendo 'engolida', porque o tempo [ de espera para os passageiros] na realidade continua o mesmo”, questionou.

O valor, aprovado pelo Conselho de Transporte Coletivo para os estudantes é de R$ 1,18. Há cinco anos o valor está congelado em R$ 1,05.

O  Superintendente da Strans, Carlos Daniel, falou sobre o reajuste. “Nós optamos em fazer uma tarifa para todos, o aumento regular para os dois na mesma quantidade de aumento, que é de 12%. Essa foi uma decisão nossa, o que não significa que seja a decisão do prefeito Firmino Filho. Nós entendemos que, devido ao fato de que a tarifa está há muito tempo congelada, nós achamos por bem fazer uma correção uniforme”,  explicou. 

Os representantes do Sintetro não participaram da reunião que definiu o novo valor, como conta Francisco Araújo.

“O Conselho deveria ter convocado outras vezes, porque nós não temos problemas só por causa de aumento de passagem, não. Eles só convidam a gente para aumento de passagem? Por qual motivo não convidam para discutir problemas do dia a dia do passageiro do transporte público? Só convidam para aumentar passagem e quando vamos só acontece isso. A gente não se mete em aumento de passagem. É uma coisa que a gente sempre procura se afastar, porque é o seguinte...É um relacionamento entre empresários e prefeitura”, declarou.

Para definir o novo valor da tarifa foram observados os gastos com o sistema. Houve uma redução de quase 20% no número de passageiros no ano passado.

“Decréscimo de passageiros eleva o custo individual das passagens, porque é o mesmo sistema para o menor número de passageiros. Com isso, aumenta o custo natural das passagens. Além disso, existe o preço do combustível, que aumentou consideravelmente e outros insumos que também contribuem para esse aumento”, acrescentou Carlos Daniel, superintendente da Strans.



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