O presidente do Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos – NUCEPE, Pedro Soares Junior, anunciou cancelamento da provas do concurso da Polícia Militar e reaplicação das novas provas, em data ainda a ser divulgada. A decisão ocorreu após 12 pessoas presas por suspeita de fraude no certame e por suspeita de vazamento das provas e do gabarito.
De acordo com denúncias, as provas teriam vazado ainda na sexta-feira. Além disso, imagens das provas foram divulgadas nas redes sociais. No aplicativo WhatsApp, candidatos afirmam que tiveram acesso às questões de português. Em um outro grupo no aplicativo, um outro candidato ironiza ao dizer: 'Não tenho culpa do Nucepe deixar vazar'.
O secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu, declarou que a polícia também fará investigação sobre o vazamento do gabarito. A suspeita é de que um grupo de pessoas de fora do estado estaria atuando na venda de gabaritos.
“Nós temos duas hipóteses praticamente confirmadas. A primeira da questão do vazamento da prova por algum meio que chegou aos candidatos do concurso. A outra é o método tradicional que utilizam: um faz a prova, sai da sala e repassa para os demais. Então nós temos duas modalidades de ação nesse concurso”, afirmou o secretário.
O delegado Kleydson Ferreira, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), disse que dessas 12 pessoas presas, duas teriam envolvimento direto com o vazamento das provas, enquanto que as outras 10 tentaram entrar com celular, repassar gabarito em sala.
“Nós identificamos 12 pessoas que estavam diretamente relacionadas a fraude no concurso que se deu de várias formas, e não de uma única maneira. Fraude de pessoas pegas com celular, pessoas pescando. O tipo de crime é muito abrangente, uma pessoa pode estar pescando na hora da prova com conteúdo de doutrina e utilizando esse conteúdo, pode trocar gabarito com outra pessoa. Esse tipo de crime não compromete a lisura do certame”, declarou.
Esse é o quatro concurso realizado pelo Nucepe com denúncias de fraudes nos últimos seis anos. As comprovações de fraudes em concursos da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria Estadual de Justiça resultaram em operações policiais e prisões.
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