Mãe de bebê que morreu carbonizado poderá responder por crime

Mãe de bebê que morreu carbonizado poderá responder por crime

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O delegado Hermes José Bezerra, do 2º Distrito Policial de Timon, no Maranhão, está apurando a morte do bebê Thiago Henrique Araújo de apenas um ano, que morreu carbonizado durante incêndio em uma residência localizada no Residencial Miguel Arraes, por volta das 08h de quinta-feira (03).

A mãe, de nome Ana Cláudia Soares, chegou a ser levada para prestar esclarecimentos no 2º DP, mas foi liberada em seguida. Conforme o delegado Hermes José Bezerra, ela poderia ser enquadrada pelo crime de homicídio culposo {quando uma pessoa mata outra, mas sem que tivesse esta intenção}.

“Acredito que em tese poderia ser enquadrada no crime de homicídio culposo. A situação será avaliada pelo poder Judiciário, pelo Ministério Público; nós estamos aguardando. Em tese, o caso poderia se enquadrar em homicídio culposo por conta da negligência”,  revelou. 

Em entrevista ao Agora da Rede Meio Norte, a mãe afirmou que deixou o bebê em casa na companhia dos outros dois filhos, de 6 e 3 anos, para ir comprar medicamento em uma farmácia. Ela contou que tinha que ir até determinada farmácia, já que só vai pagar a compra depois. 

“Eu saí de casa por volta das 07h para comprar um remédio para eles e deixei a chave com a minha mãe e a outra com meu menino de seis anos. Quando ele acordasse era para chamar a minha mãe que mora do outro lado da rua para pegar eles. E aí meu filho acordou e foi chamar, mas só que no intervalo que ele foi, quando eles voltaram a casa já estava pegando fogo. Pelo que eu soube [após o incêndio], os vizinhos arrombaram a casa e pegaram o de três anos, mas ele não sabia que o irmão de um ano estava dentro. A casa estava totalmente em chamas, não tinha como a gente entrar de jeito nenhum”, revelou. 

Vizinhos perceberam o fogo, entraram na casa e conseguiram retirar o menino de 3 anos. O menino de 6 anos foi até a casa da avó e por pouco não morreu também. 

Uma das vizinhas, Antonia Lopes conta que percebeu o incêndio na casa e chamou mais pessoas para verificar o que estava acontecendo. “Fui eu quem chamei os outros vizinhos que moram aqui perto. Nós tentamos abrir a porta, ouvimos uma das crianças gritando, aí veio dois homens e arrombaram a porta”, disse.

Uma outra vizinha identificada como Rafaela Santana, conta que a primeira coisa que se deparou dentro da casa foi com o corpo da criança. “O corpo dele estava todo queimado. Mas não vi o rosto dele”, contou. 

Segundo ela, nenhum dos vizinhos sabia que havia mais alguém dentro da casa. “Eu pensei que ele estava na casa do avo dela”, disse. 

O cenário ainda é de destruição. A casa já foi periciada, mas a família ainda não retirou os móveis. O corpo da criança foi encontrado na sala próximo de um sofá. A família residia na residência há quase dois meses. O imóvel foi cedido por uma amiga porque Ana Cláudia não tinha onde morar. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o fogo já havia sido contido pelos vizinhos. “A criança estava no chão já em óbito com o corpo totalmente queimado, escuro. O procedimento foi chamar o Instituto de Medicina Legal, e fazer a segurança no local para o pessoal não ficar adentrando e não atrapalhar a perícia”, afirmou o tenente Torres. 



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