Mulher segue amarrada a poço após mais de 10 dias sem água

Mulher segue amarrada a poço após mais de 10 dias sem água

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Revolta e indignação. A dona de casa Ângela de Jesus, de 37 anos, está há 24 horas amarrada junto a um poço que fica instalado no Pedro Balzi, região do bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina. Uma equipe da Eletrobras atendeu ao apelo dos moradores e foi ao residencial para fazer a ligação elétrica, mas a trabalhadora permanece amarrada porque é necessário que a Agespisa também faça a instalação da bomba que vai levar água para a comunidade. Os moradores afirmam que estão sem o fornecimento de água há pelo menos 10 dias.

A repórter Cinthia Lages acompanhou de perto o sofrimento de Maria Diva Sousa que, na companhia da filha, usa uma bicicleta para buscar água. O trajeto precisa ser feito com muito cuidado para que a água, que é transportava em um balde maior, não seja desperdiçada durante o caminho. Os vizinhos, ao perceber o sacrifício da dona de casa, tentam ajudar.

Um caminhão-pipa surge e pode ser a salvação, mas ele tem endereço único: a Creche que fornece água para as crianças. O caminhão-pipa abastece a caixa que possui capacidade de cerca de 3 mil litros.

No Residencial Pedro Balzi, que homenageia o padre italiano que fez uma bela obra na capital, 460 famílias vivem em situação de penúria. Em uma das casa do Residencial vivem três adolescentes que são deficientes, que estão impossibilitados de sair de casa. A família vive em meio ao mau cheiro e a sujeira e principalmente sem água.

Os pais são idosos e não podem buscar água. “Quando eu podia dar um jeito, eu dava. Eu estou com dor e não posso sair. Eles estão sem água, sem água”, contou a diosa avó dos menores.

A revolta de Ângela esconde muitas histórias tristes. “Não podemos viver em um abandono desse. Meu pai está passando mal em casa, os vizinhos estão cuidando dele. Eu vou continuar”, disse a dona de casa, que segue amarada ao poço.

O superintendente metropolitano, Orlando Aires, afirmou que a Eletrobas evidenciou instalação elétrica depois de um ano. Segundo ele, a Agespisa vai colocar uma bomba de vazão maior compatível com a quantidade de moradores, para garantir o fornecimento de água.

“A Agespisa vai tirar a bomba pequena e colocar uma de vazão maior. Isso será feito na segunda-feira, porque precisamos tirar a bombinha pequena. Quem não tem água, não é justo pagar. A Agespisa vai analisar cada caso, todos esses casos vão ser analisados. Quem pagou injustamente pode ater ser ressarcido", garantiu Orlando, em entrevista ao vivo. 



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