“Brasil não quer esse caminho de polarização”, diz Mandetta no Jornal Agora

Ex-ministro diz que os nomes da 'terceira via' serão escolhidos, tomando como base aqueles que mais têm chances de pacificar o país.

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Por Francy Teixeira.

O ex-ministro da Saúde na gestão Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (Democratas), concedeu entrevista nesta segunda-feira (16) ao jornalístico Agora, da Rede Meio Norte, apresentado por Amadeu Campos. 

Apontado como pretenso pré-candidato ao pleito de 2022, Mandetta frisou que o 'Brasil não quer esse caminho de polarização', destacando que os pleiteantes da denominada 'terceira via' serão aqueles que possuírem as melhores condições para pacificar o país

"Primeiro, é ter a consciência que o país não quer esse caminho da polarização, é um trabalho que estamos fazendo para apontar que esses polos extremos não pacificam o Brasil; estamos vivendo 2021, os palanques regionais vão se organizando, e estamos discutindo um projeto, esse nome no momento vai ancorar essas intenções. Os nomes serão aqueles que tiverem a melhor condição de levar essa mensagem de pacificar o país. A maioria da população não quer esse caminho", disse.

Mandetta em entrevista ao Agora, da Rede Meio Norte (Foto: Reprodução)

Na ocasião, Mandetta ainda apontou que a democracia tem sido atacada sistematicamente no país e é preciso ficar atento a rupturas. 

"O que estamos vendo, uma escalada progressiva, lembro que março desse ano tivemos uma crise, que foi a maior crise, um estressamento para que as forças armadas se colocassem sob sua coordenação política, depois disso vemos um tensionamento progressivo com o STF, a imprensa sendo atacada, e essa última semana foi extremamente dura para a democracia, vemos o Judiciário sendo atacado, acabamos a semana com a convocação do presidente para que o povo peça o impeachment dos ministros".

Mandetta exemplificou com o caso estadunidense, destacando que o tensionamento no Brasil, ao que parece, vem com antecedência, inclusive colocando em dúvida a lisura do processo.

"Estamos resistindo pelas vias democráticas, agora esses ataques sistemáticos, você viu o que aconteceu, mas foi após as eleições, e ao que me parece é que a leitura que eles fazem é que não seja após a eleiçao. É preciso estar atento e forte para rupturas". 

Sobre sua saída do Ministério da Saúde, Mandetta pontuou que pediu ao presidente que não mudasse os técnicos, destacando que foi feita 'uma intervenção militar burra'. "Fizeram uma intervenção militar burra, inconsequente, e pagaram o preço por não saber dialogar. Optaram por um caminho político desastroso, vamos chegar a 600 mil mortes, temos a CPI demonstrando passo a passo os erros sucessivos do Governo".

CPI da Pandemia 

"A CPI começou mostrando que há um gabinete paralelo; mostrou um desprezo para a ciência e os escândalos de corrupção". 

O que teria ocorrido de diferente caso continuasse ministro

"O Brasil teria sido o primeiro país do mundo a iniciar a vacinação, naquela época nós já conversávamos com a Anvisa para que se preparasse. Se tivéssemos iniciado no final de novembro, não teríamos chegado a uma segunda onda, perdemos seguramente dez meses com essa política de fazer imunidade de rebanho, sacrificou muitos brasileiros, sacrificou muitas empresas, nós não ficaríamos passivos sem responder um email da Pfizer".

Ciro e Bolsonaro

"Ele vai conhecer o presidente, como vários conheceram. Ele não recua, só ataca. Tomara que o ministro Ciro consiga. Vamos ver a habilidade política do senador versus a intempestividade política do presidente".



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