Flávia Barbosa:“Os valores da família estão sendo abduzidos”

Flávia Barbosa:“Os valores da família estão sendo abduzidos”

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A candidata ao Senado Federal pelo PRP, Flávia Barbosa, foi a 9ª a participar da série de sabatinas com candidatos ao Senado pelo Piauí nas Eleições de 2018, no Jornal Agora da Rede Meio Norte, na tarde desta quarta-feira (05/09). 

Já foram sabatinados Francisco das Chagas, Quem Quem, candidato pelo Avante; Marcos Vinicius Cunha Dias (PTC), candidato pela coligação de Dr. Pessoa (Solidariedade); Marcelo Castro, candidato pela coligação de Wellington Dias (PT); professor universitário Paulo Henrique, candidato pela Rede; Frank Aguiar, candidato também pela coligação de Dr. Pessoa; Jesus Rodrigues, candidato pelo PSOL; professor Fausto Ripardo, candidato pelo PCB e o ex-governador Wilson Martins

Flávia Barbosa espondeu perguntas dos jornalistas Arimatéa Carvalho, Samantha Cavalca, Ananias Ribeiro e do apresentador Amadeu Campos. Nos 10 minutos finais, a candidato respondeu questionamentos enviados por telespectadores. A sabatina teve duração de 30 minutos.

Amadeu Campos: Candidata,  por que o senhora se considera preparada para representar o Piauí no Senado Federal?

Flávia Barbosa: Em primeiro lugar porque eu sou administradora, sou formada em Administração, capacidade técnica para trabalhar eu sei que tenho, e em segundo lugar pelo desejo que eu vejo de mudança, é oportunidade que a gente tem de novas pessoas chegarem no lugar. Então essa foi a decisão que me motivou a aceitar esse desafio e estou otimista, apesar das pesquisas.

Apesar de tudo eu acredito que muita coisa pode acontecer, o eleitor que está em casa nos assistindo ainda tem muito a pensar, muito a discutir e até mesmo pelos números das pesquisas tem muita gente indecisa, muita gente com voto nulo. E eu acredito que para fazer diferente, fazer diferença é preciso que nossa pessoas cheguem, e eu vejo como uma oportunidade estar aqui disputando esse cargo, apesar da minha jornada está começando na política, e eu já comecei uma disputa tão grandiosa. Mas eu acredito que é preciso fazer a mudança, e que novas pessoas tem que se dispor a fazer isso, principalmente mulheres.

Samantha Cavalca: Candidata, a senhora falou da questão das mulheres. Todo mundo chega aqui diz que vai criar delegacias, mas, existe alguma proposta sua para a gente tentar lá no Senado, caso a senhora seja eleita, mudar de maneira significativa esse caos que a gente vive em relação à violência contra as mulheres?

Flávia Barbosa:É possível, sim, propostas eu tenho. Mas eu acredito que qualquer mudança que venha acontecer, que possa acontecer, não é construindo delegacias tão somente, não é prendendo agressor tão somente. É educando essas pessoas, resgatando valores de família que, por exemplo, estão sendo tidos, abduzidos da nossa sociedade. Então as famílias são atacadas por todos os lados.

Samantha Cavalca: Quais valores a senhora se refere?

Flávia Barbosa: Por exemplo, respeito! O respeito é fundamental! As pessoas, elas não são mais preparadas para respeitar idosos, mulheres, respeitar os mais velhos. As pessoas são simplesmente, como se estivessem a deriva, num barco à deriva. Crianças…Não existe mais valores, praticamente não existe mais valores, e a gente percebe diferença nisso quando pega uma família onde os pais são presentes na vida daquelas crianças e ao longo da vida delas. Elas consequentemente entram na adolescência pessoas mais fortes, mais seguras e consequentemente a vida adulta também, e aí a gente vê ao contrário.

Samantha Cavalca: A senhora fala de família tradicional ou famílias que hoje fazem parte da sociedade, formadas por dois homens, duas mulheres?

Flávia Barbosa: A família como um todo. A família é a célula mater da nação, a célula mater da sociedade. Então existem políticas públicas, eu não vejo, ou tão pouco eficazes para essa seguridade das famílias. A educação é muito bombardeada, as pessoas são avaliadas, falam-se em grandes índices, educação em destaque. Mas as pessoas são avaliadas apenas em português e matemática. Então que educação é essa que não prepara o cidadão para a vida como um todo? O cidadão, ele não precisa só de português e matemática. Ele precisa de educação financeira,  ele precisa inclusive de habilidades emocionais que não são desenvolvidas hoje, nem em casa pelos pais, por não terem muito menos tido acesso, e nem na escola. Então eu acho até incoerente falar de altos índices de educação, se as pessoas não são preparadas.

Ananias Ribeiro: Eu queria voltar na questão da participação feminina na política. Hoje há na Legislação a presença, indicação da participação mínima, de 30% das mulheres no pleito. A participação da senhora busca justamente incentivar a maior inclusão de mulheres na disputa, e eu queria saber da senhora, o que vê de avanço nessa legislação, se isso contempla e como podemos ver as mulheres sendo protagonistas nesse processo político no Brasil e no Piauí.

Flávia Barbosa: A cota para entrada de mulheres na política não é uma cota para mulheres, é uma cota de gênero para que haja um equilibro. Foi uma forma de que se haja um equilibro e a mulher, comprovadamente em todas as áreas onde ela está,  ela é destaque, principalmente na figura de gestora. A mulher, ela tem uma capacidade de olhar mais ampla do que o homem, e falta hoje esse equilíbrio nas nossas bancadas. São somente a maioria dos homens decidindo políticas relacionadas a mulher, e por que que não tem mulher lá também para ajudar nesse processo, para que ele se torne mais leve, mais justo?

Samantha Cavalca: Proposital!

Flávia Barbosa: É proposital não ter mulheres, não é? Por isso eu estou colocando meu nome à disposição. E por isso que eu digo a você eleitora aí em casa, deixe de ser eleitora e venha fazer parte do processo. Você pode chegar, seu lugar já está lá garantido. Ocupe, ocupe o seu lugar.

Arimatéa Carvalho: Candidata, a senhora como mulher deve ter posicionamento sobre temas que dizem respeito especialmente as ao corpo da mulher, dizem respeita a própria mulher. O aborto é um desses temas, e homens e mulheres vão decidir, afinal de contas, mas dizem muito mais respeito a elas. Qual será seu posicionamento quando esse tema for levado ao Senado caso seja eleita senadora?

Flávia Barbosa: Na minha opinião, direito a vida é um direito de todos. A pessoa tem direito de nascer e salvo o que está previsto em lei, eu não compartilho da ideia do aborto porque eu acredito se hoje tem políticas para defender as tartarugas marinhas, se a gente, por exemplo, votar uma lei dessas onde deixa as pessoas livres com relação a essa questão de decidir ou não ter um filho, quem vai se defender? Por que que estão olhando para vida humana dessa forma, colocando dessa forma?

Apesar de estar dentro, de estar sendo gerando dentro da mulher, o feto, o embrião, não é parte da mulher, não é um rim, não é um fígado, não é um coração. Apenas está lá por uma questão da natureza, que precisa daquele momento para chegar até a vida. Então eu acredito que seja melhor políticas públicas que visem educar essas pessoas, controle de natalidade. Muito mais que abortar.

Samantha Cavalca: Candidata, a gente sabe que há o aborto masculino, muitos homens que deixam suas casas. A realidade hoje é que a grande maioria das famílias são comandadas por mulheres porque os homens abondaram suas residências, então qual sua proposta sobre isso?

Flávia Barbosa: Eu pretendo apresentar um programa de educação permanente. O que é isso? Essa educação permanente, ela não vai trabalhar só a criança na escola, só o jovem na escola. Mas também a família, também a mãe, o pai. Porque não tem como consertar um processo que está hoje vindo de fora para dentro. A mudança tem que ser de dentro para fora. Então nós só vamos conseguir ter eficácia em políticas públicas voltadas para família, voltadas para as mulheres, voltadas para os homens, quando essas pessoas começarem a ser educadas para isso, serem trabalhadas para isso. Claro, na infância é mais fácil e eu vejo então por que que não é feito? Então é muito mais fácil previnir, mais barato, do que remediar.

Samantha Cavalca: A senhora tem algumas propostas, mas até o momento não consegue pontuar bem nas pesquisas de opinião pública. A senhora acredita de, além de não ter algum nome conhecido como os que estão disputando, é bom a gente deixar isso claro, a senhora acredita também que isso seria um efeito do “cabeça” de sua chapa, o candidato ao Governo Elmano Férrer? Porque ele pontua também de maneira muito ruim nas pesquisas.

Flávia Barbosa: Eu não acredito que tenha a ver com isso, inclusive a gente tem andado, hoje pela manhã a gente fez caminhada no Dirceu, estamos viajando em comitiva. Ele tem uma receptividade muito boa.

Samantha Cavalca: Essa é sua percepção. As pesquisas mostram exatamente o contrário.

Flávia Barbosa: Eu acredito que, como disse para você anteriormente, nessa eleição pode acontecer tudo, inclusive nada. As pessoas estão, números mostram esse momento, mas nada impede de que lá na hora vir um resultado diferente, porque quem decide no final o pleito é o eleitor, não é candidato A, não é candidato B. Não é dizer..

Samantha Cavalca: Mas elas [pesquisas] são feitas por eleitores.

Flávia Barbosa: Uma pequena parte. Nós estamos falando de estado, de Piauí.

Amadeu Campos: A coligação da senhora acabou tendo três nomes ao Senado, e isso fez com que o tempo na propaganda eleitoral fosse reduzido. Isso é um fato que tem atrapalhado? Como a senhora tem convivido com seus companheiros de chapa? São três  para duas vagas só na chapa da senhora.

Flávia Barbosa: Se for pegar tempo de divulgação, claro que atrapalha, reduz, e que não é tanta coisa assim, de 12 a 4 segundos.

Amadeu Campos: Já era pequeno [ tempo]?

Flávia Barbosa: Então eu não vejo tanta diferença, não vejo que isso vá impactar realmente, e o que preciso…Pelo contrário, a gente se dá bem, nós nos entendemos muito bem, tanto eu com Paulo como com Quem Quem. E nós temos temos muito em comum.

Samantha Cavalca: Seu segundo voto será em quem?

Flávia Barbosa: O primeiro voto é meu. E o segundo voto eu me reservo ao direito do voto ser secreto.

Ananias Ribeiro: Com relação à obras, candidata, a gente sabe que o papel do senador é importante na destinação de recursos para os estados, através não só das emendas parlamentares, mas também do trânsito junto ao governo federal para trazer recursos e constituir obras para o estado. Quais obras a senhora defenderia caso eleita no Senado Federal? O que é prioridade na construção de infraestrutura do Piauí na visão da senhora, candidata?

Flávia Barbosa: Em primeiro lugar obras relacionadas à Saúde. A gente precisa muito de saúde, segurança e educação, e acredito que nesse momento não temos como definir quem precisa mais. É praticamente uma coisa que você vai ter que investir nas três ao mesmo tempo. Então enquanto senadora, eu me coloco como captadora de recursos, vou me colocar como captadora de recursos para abraçar bons projetos. Abraçar projetos que realmente tragam resultados para população, e eu, eu tenho algo a mais que pretendo fazer caso chegue nesse lugar, caso a população resolva me colocar. Eu acredito que o papel do senador é muito mais que captar recursos, tão somente trazer recursos para o estado porque o que mais a gente ouvi falar é que senador trouxe milhões, milhões e milhões e a gente vê tão poucos resultados entregues a população.

Porque a gestão, ela tem ser mensurada não pela quantidade de dinheiro que vem, mas pelo resultado entregue, porque o que eu analiso diante do cenário em que a gente vive, se tem dinheiro e está tendo uma limitação, uma escassez no serviço prestado, tem um ralo aí muito grande. Tem uma gargalo muito grande. Qual é esse gargalo? Na minha percepção o que tem tirado resultado da gestão é a corrupção, como a de todos os brasileiros, inclusive, porque a palavra mais bonita, que eu mais escuto ultimamente é o ralo da corrupção, o ralo da corrupção. Então o papel do gestor é exatamente esse, pegar os recursos e fazer com que eles cheguem ao objetivo final, e eu enquanto senadora acredito que o meu papel, além de captar esses recursos, além de ajudar esses municípios, é fiscalizar se esse recurso está sendo colocado no lugar em que foi destinado.



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