Senadora Regina Sousa fala sobre sua atuação em Brasília e relatoria de CPI

A Senadora Regina Sousa esteve no Programa Agora, onde concedeu entrevista sobre sua atuação em Brasília e possível participação como relatora no Senado Federal.

“O PT me indicou e aceitei a relatoria, aceitei na véspera pois fui indicada. Chegando agora, não aceitei a presidência da CPI do HSBC, que investiga sonegação fiscal. Ontem já teve a primeira audiência”, disse Regina Sousa.

CPI

“A CPI pontuou alguns critérios para abertura de contas de brasileiros no exterior. Afirmaram que agora selecionaram cerca de 342 nomes, onde integrantes de cinco partidos políticos estão envolvidos. O que importa é que alguns nomes foram vazados e já declararam imposto de renda. Na próxima semana a CPI vai ouvir presidente da receita e tire quem não paga imposto sobre esse dinheiro no exterior, o errado não é ter dinheiro fora do Brasil, a questão é não declarar o imposto sobre ele. O Brasil não tem acordo de cooperação com a Suíça, mas tem com a França. É preciso apurar quem declarou e quem não declarou imposto. Claro que seria muito bom que o cidadão deixasse esse dinheiro aqui, mas ele tem o direito de colocar seus bens onde quiser, contanto que siga a lei. Muitos países já repatriaram muito dinheiro, o que se quer é punir quem tiver que punir.”, afirmou.

Crise no Brasil

“É Contraditório, pois os parlamentares tem boa relação com todos mas independentes sobre si. Sabemos que o Brasil é intercalado por períodos de democracias, mas é preciso diálogo para haver a nomeação. Eu acho que tudo isso é consequência da situação política”, declarou.

Indicação de nomes

“Nomes ligados ao PT seriam negados, mas o Senado é quem vota. É perigoso vetar alguém, sem considerar seu direito e sua situação política. É preciso ver o perfil das pessoas, suas competências e virtudes, até mesmo para evitar uma guerra política”, disse.

Julgamentos em processos de mensalão

“É claro que entre PT e PMDB há dois pesos e duas medidas. Se percebe o desinteresse e estamos vendo muitas operações que são ilegais que estão quase se tornando legais. Se tem que tornar contas ilegais tem que tornar as do PT e as do PMDB, a lista de empresas que deu dinheiro para um partido deu para outro, mas percebemos que há um propósito contra o PT, claro que isso tem raiz em financiamento de campanha. O PMDB pretende inclusive constitucionalizar o financiamento privado de campanha. se você coloca o financiamento público terá controle do TSE, fiscalização”, afirmou.

Insatisfação com Governo Dilma

“A insatisfação ocorre por não haver acompanhamento de ações articuladas. Não é uma insatisfação com a própria presidente, mas é claro que isso existe sempre, isso é próprio de um partido que funciona como partido e na de maneira individual”, disse.

Governador Wellington Dias

“A bancada agora coordenada por Elmano Ferrer precisa ouvir do governador em Brasília quais são as prioridades do Estado, depois o prefeito de Teresina também será ouvido e a associação dos prefeitos, para saber onde direcionar as ações”, declarou.

Nomeação de Colaboradores de Governo

“Essa situação que ocorre hoje no Piauí é reflexo das ações de gestão anterior. Algumas contradições deveriam ser evitadas, infelizmente é preciso. Realmente é preciso aguentar a desaprovação do povo e conflitos no partido. Algumas coisas poderiam ser evitadas se não houvesse tanta pressa e se houvesse mais conversa. A política tem dessas coisas infelizmente”, declarou.

Parlamento

“Eu confesso que estou me adaptando, pois nunca exerci parlamento, exerci mandato. Assusta um pouco, agora tenho que aprende muita coisa, o regimento tem que ser seguido e é preciso muita atenção no andamento da casa, mas já fiz muita coisa. Faço parte de muitas comissões como titular e muitas como suplente. O trabalho é muito grande, lá dentro do Senado há muito o que fazer”, finalizou Regina Sousa.