“Temos que ter uma equipe com perfil técnico”, diz Elmano Férrer

“Temos que ter uma equipe com perfil técnico”, diz Elmano Férrer

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O candidato ao Governo do Piauí pelo Podemos Emano Férrer, foi o quinto a participar da segunda rodada de sabatinas com candidatos nas Eleições de 2018, no Agora da Rede Meio Norte, na tarde desta quarta-feira (26/09).

Elmano Férrer respondeu perguntas dos integrantes do programa, jornalistas Arimatéa Carvalho, Efrém Ribeiro, Ananias Ribeiro e Amadeu Campos. Nos 10 minutos finais, o candidato respondeu questionamentos enviados pelos telespectadores. Sabatina teve duração de 30 minutos.

Confira os melhores momentos da sabatina!

Amadeu Campos: Qual a estratégia para os últimos 11 dias de campanha?

Elmano Férrer: abraçar o povo, o que nós estamos fazendo nossas carretas, caminhadas e nossas reuniões esse é o nosso grande aliado, o cidadão, a cidadã teresinense, o cidadão do interior por onde nós temos andando, enfim é abraçar o povo e transmitir as nossas propostas, as nossas ideias, mostrando o que fizemos por Teresina em tão pouco tempo. E em cima desse conhecimento fazermos muito mais pelo estado do Piauí.

Ananias: O senhor tem defendido levar para o governo do estado a gestão que o notabilizou como prefeito de Teresina, qual seria então a prioridade, a primeira ação a frente do governo do estado para poder replicar esse modelo a ser adotado pelo Elmano Férrer?

Elmano Férrer: Eleito governador que seremos, ainda como recém eleito vou procurar os demais poderes do estado porque com eles vamos dividir as responsabilidades e o destino do estado. Conversar com o presidente do poder legislativo, do judiciário, vamos conversar com órgãos como o Tribunal de Contas do Estado, a Controladoria Geral do Estado, com Ministério Público Estadual e com instituições e isso tudo antes da posse, mostrar a grande responsabilidade que temos como governador recém eleito, nos preparando para a posse e as primeiras ações. Sou muito franco, não existe governador perfeito, presidente que trabalhe só. Nós temos que ter uma equipe com perfil técnico. Já tenho alguma ideia de nomes. O meu vice é um dos melhores nome dos vices que estão aí exposto. Ele é o melhor. Um cidadão não só como mastologista, como oncologista, mas de um compromisso social muito grande, haja a vista a fundação que ele fundou com outros colaboradores que tem  o nome da mãe dele. O perfil do secretariado é técnico como foi quando fui prefeito de Teresina. Não adianta você ter secretário e chamar esse parlamentarismo tupiniquim que se implantou no estado do Piauí. Parlamentarismo tupiniquim que foi uma troca de cargos por apoio político com vistas a perpetuação no poder de um partido político sob o comando do atual governo do estado.

Amadeu Campos: um acordo do governador com os deputados?

Elmano Férrer: Do atual governo com uma parte significativa da Assembleia Legislativa.

Amadeu Campos: O senhor quer dizer que quem manda hoje no governo é a Assembleia Legislativa?

Elmano Férrer: Estou mostrando o que é o semi-parlamentarismo tupiniquim. Quem manda no estado, vamos ser franco. Eu entrei nessa história porque não concordo com o que está aí. Embora tenha sido eleito com esse governador que rasgou todos os compromissos perante o povo do Piauí. Ele traiu, o governador traiu o povo. Estando comigo ao lado, e a Margarete ao lado, ele prometeu transformações profundas nesse estado e o que nós vemos hoje no estado do Piauí? Estado arrasado, estado em que um ano tem uma série de representações com órgãos sob suspeita. O Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, da Polícia Federal, da Polícia estadual.

70 e tantos órgãos nesse estado, o estado que está vivendo de empréstimos que não sei como vai ser pago.  Um desafio que eu como governador vou ter, mas saberei enfrentar.

Efrém Ribeiro: O seu desempenho nas pesquisas, estão abaixo da expectativas de que o senhor como senador teria. Isso não ter a ver com duas questões: primeiro de ter saído do grupo do Wellington Dias, da Dilma Rousseff, do Lula, que foi a base de seu eleitorado? e a outra, essa questão de ir e voltar ao mesmo tempo, o eleitor vê com bons olhos o candidato que desiste e depois volta, não fica muito uma imagem de uma pessoa insegura?

Elmano Férrer: De jeito nenhum, tenho 75 anos, tenho minhas convicções políticas, tenho minha formação ideológica, aliás você falou na presidente Dilma, e eu estive do lado dela. Eu estive e estou dizendo aqui para muitos que estão me ouvindo que fui contra ela por convicção, por questões de princípios jurídicos, porque aquilo foi um golpe parlamentar.

Ananias: O senhor está lembrando que votou contra o Impeachment?

Elmano Férrer: votei contra o impeachment, ou seja, eu estou no mesmo lado quando eu digo que Wellington, este não, este começou traindo o povo, Wellington não honrou os compromissos assumido com o povo, a mudança. De dois mandatos de oito anos ele disse que ia fazer isso. 2015 ele chamou a oposição para fazer uma composição e derrotar o Themistocles na Assembleia Legislativa, depois chamou para compor, você vai ser o vice-governador, aí prometeu do outro lado o vice para o PP do Ciro Nogueira, mas colocou uma candidata a vice do partido dele para qual vai passar em 2022 porque o projeto dele é ser senador daqui a três anos e ficar até 2030.

Das outras vezes passada ele disse que o João Vicente era o candidato dele e depois disse que teve um contato com Deus e Deus disse não você ter que ir pro lado de quem traiu vocês. Então ele diz uma coisa e faz outra.

Efrém Ribeiro: O senhor disse que ele deixou o João Vicente e é traição e o senhor deixar ele (governador) não é traição?

Elmano Férrer: Eu deixei quem deixou o povo. Fiquei do lado do povo. E estou do lado do povo.

Arimatéa Carvalho:  Elmano Férrer e Teresina. O senhor foi prefeito da cidade, não foi um mandato inteiro, mas deixou marcas, obras físicas, poderia citar o início das obras de mobilidade urbana, o parque Lagoas do Norte, ou seja, o senhor pode apontar e dizer, isso aqui foi eu, o viaduto da Higino Cunha fui eu. Esperava-se uma votação mais expressiva do senhor agora nesta eleição para governador visto que o senhor saiu do cargo de prefeito com uma alta aprovação popular, quase foi reeleito, por pouco mais de 12 mil votos. Mas na última pesquisa do instituto Amostragem o senhor tem apenas 6,38% das intenções de voto na micro Teresina, que é Teresina, União, José de Freitas. Queria que o senhor explicasse  porque o senhor não tem uma estrondosa votação na capital que o senhor geriu e que saiu com um alto índice de aprovação. O que houve?

Elmano Férrer: Respeito o resultado das pesquisas que retratam a realidade do momento. A minha campanha começou este mês, campanha ‘solo’, campanha com pessoas do meu intento como o meu vice e com mãos limpas e eu digo as minhas e sobretudo porque tenho 52 anos de exercício de serviço público sem jamais ter lançado do dinheiro da coisa pública. Agora, Teresina, não só as obras que ficaram, as obras que estão sendo feitas na área da mobilidade urbana, dentro do PAC 2, projetos concebidos e elaborados 2010 e 2011, todos os recursos que estão sendo drenados para cá, são recursos federais do PAC 2, então o povo é que vai julgar. Eu creio que o povo que não está satisfeito com o que está aí, quem tem segurança de sair de casa para trabalhar e saber se volta e chega em casa? Quem está estiver satisfeito que vote com o governo que está aí. Quem quiser uma administração voltado para o pobre, que eu soube cuidar de gente, eu não fui um prefeito na acepção da palavra de está sentado no gabinete de prefeito não, eu vivia nas vilas, vivia dentro dos hospitais, o ambulatório do trabalhador que nós fizemos e vamos fazer quando governador, nem que seja me 20 dias. E nos 10 hospitais regionais, vamos dar resolutividade nesses hospitais só com o dinheiro que está aí e com a gestão. Quem vai ser secretário de saúde  é quem entende de saúde, quem vai ser diretor de um hospital não vai ser um indicado por A, B ou C, vai ser quem entende da saúde. E nos 10 hospitais e nos outros subregionais que estão  no interior são 19, começa com o gestor e eu tenho determinação e a coragem, a experiência de fazer muito mais do que foi feito em 12 anos. Só quero quatro anos, deem-me quatro anos para nós começarmos a resolver a questão da segurança que não existe, da insegurança. Resolver o problema da saúde, da educação que eu dei o maior aumento ao magistério, aos professores da rede municipal de Teresina, 22%, me orgulho quando nas minhas caminhadas sou abordada por uma diretora, uma ex-diretora, uma professora, como foi em Floriano que uma professora me abraçou e disse eu quero o senhor governador, vou votar no senhor e quero pedir, faça o que o senhor fez pela prefeitura de Teresina por nós professores do estado.

Ananias: A chapa do Senhor formado por  um grupo de partidos emergentes que  garantem a candidatura tem três nomes para o Senado, Paulo  Henrique, Quem Quem e Flavia Barbosa. O senhor tem dois votos, o senhor vota em quem candidato?

Elmano Férrer: Eu na hora vou escolher os dois melhores. Criaram uma confusão danada que houve naquele momento há dois meses quando a chapa era Elmano Governador, Dr. Pessoa Senador e Frank Aguir, aí começou a confusão. Mas, aí eu num processo muito democrático, dentro da legislação eleitoral resolvemos um impasse e nós resolvemos de maneira satisfatória, atendeu a todos e então nós estamos mais três candidatos ao senado, o ex-reitor da Universidade Estadual, professor Paulo Henrique, mãos limpas, candidato a senador, a professora Flávia Barbosa e o líder comunitário, pessoa simples, micro-empresário, o Quem Quem.

Ananias: Sobre a Flávia Barbosa, nós a sabatinos aqui e ela sentada onde o senhor está disse ser contra a reforma trabalhista que o senhor a defendeu. Porque o senhor é a favor da reforma trabalhista?

Elmano Férrer: Nós tínhamos no Senado Roberto Requião, Paim, o ‘Veim, tínhamos um projeto, situação, oposição e outros e outros partidos comprometidos com uma política voltada para o trabalho do trabalhador. A Câmara se antecipou, tirou lá de uma gaveta um projeto de 20 e tantos anos atrás, aprovaram rapidamente e que depois foi para o Senado. Ao chegar lá, o Senado que uma casa revisora, uma casa de cidadãos experientes, responsáveis e negociou. Chamou Paim, Armando Monteiro, um grupo, a liderança do governo, a Gleisi Hoffmann, Vanesa Grazziotin que teve um papel fundamental e fomos negociar um consenso de aprovar o projeto com as modificações. O presidente Temer assumiu o compromisso de satisfazer as demandas dos trabalhadores, dos sindicatos, das centrais sindicais e mandar uma Medida Provisória urgente e que realmente ele mandou e lamentavelmente caducou. Ou seja, houve um acordo, agora, estão plantando aí que o ‘Veim’ foi contra isso, contra aquilo, ‘Veim’ traiu, respeite este ‘Veim’ de mãos limpas, que tem 52 anos de serviços prestados neste estado como servidor pago pela sociedade para servir. Eu sempre procurei agir de forma coerente. Eu só estou aqui porque mudei de partido. Se eu tivesse lá no MDB eu era co-responsável por esse desastre.

Amadeu Campos: Podemos ter um candidato a presidente, Álvaro Dias, que não decola nas pesquisas e é provável que tenhamos um segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando  Haddad. Se confirmar esse segundo turno, o senhor vota em quem?

Elmano Férrer: Eu vou tomar a decisão. Eu esperava que nós não fossemos para os extremos. Nem a extrema esquerda e nem a extrema direita. Que nós víssemos o encontro do país com um estado democrático de direito que está celebrando esse ano 30 anos. Eu sou senador do estado do Piauí, mas sou senador da república, eu tenho responsabilidade.

Primeiro vamos colocar o interesse do país. Nós estamos vivendo um momento muito delicado da vida nacional.

Efrém Ribeiro: Nem o senhor, nem os seus candidatos foram a três lugares assim importante para a vida do Piauí e para o meio-ambiente, Parque Nacional do Parnaíba, da nascente do Parnaíba, Parque Nacional da Serra da Capivara e o Parque Nacional de Sete Cidades. Não é ficar de costas para a questão do meio-ambiente que vem preocupando o Piauí?

Elmano Férrer: Eu tenho orgulho de ter apresentado um projeto que cria um fundo patrimonial para os parques nacionais que são mais de 600. Por uma questão de justiça também esse projeto nosso, que acho que já está para Câmara, prioriza os parques reconhecidos pela Unesco como patrimônio, quer dizer a prioridade desses recursos é para parques nacionais reconhecidos como patrimônio da humanidade que é o caso do nosso Parque da Serra da Capivara que eu coloco anualmente emendas para lá, aliás eu já coloquei para 180 municípios e eu não fui atrás de saber quem era o prefeito não, de que partido era o prefeito não. Não fui atrás de nenhum. Eu coloquei emendas para 180 municípios.

Com relação aos parques nacionais realmente nós temos que criar um instrumento como esse projeto.

Amadeu Campos: Onde estão as obras da BR-343 e das duplicações da BR?

Elmano Férrer: Já foi feito a licitação para um grande viaduto que vai ser feito ali no mercado do peixe que aliás foi feito quando era secretário do Freitas Neto, obra do ‘Veim’ e aquele ao lado também.

Vai ser um grande viaduto naquele ‘balão da morte’, vai ser o primeiro de oito viadutos. A licitação já foi feita, os recursos estão disponibilizados como uma obra do Governo Federal com a participação dos prefeitos, dos seus técnicos que ajudaram na elaboração do projeto, enfim é uma obra do Governo Federal de iniciativa do ‘Veim’ que foi tomada desde 2010.

A duplicação da BR-316, depois dessa que não acaba nunca feita pelo governo do estado, para não para, botaram lá agora, há 15 dias, uma pressão no pessoal reiniciando a obra só enquanto passa o dia 7, no dia 8 não tem mais ninguém.

Então essa aí é uma questão do Senador Elmano, uma das justificativa, eu me antecipo aqui, no meu entendimento com o presidente, o presidente Temer.

Amadeu Campos: O senhor se arrepende de ter apoiado, de fazer parte da base do presidente Temer lá no Senado?

Elmano Férrer: Não me arrependo. Eu gosto do cidadão. Não sou aquele que fica pulando daqui pra acolá. Eu tenho meu caráter e minhas convicções.

Amadeu Campos: O senhor acha que representa a mudança, mas antes o senhor era aliado do PT, o senhor se elegeu senador coligado com eles.

Elmano Férrer: Eu ajudei o PT que me ajudou. Não foi nem o PT, foi aquela aliança histórica. Não queria ser senador, não era do meu plano, assim como não era do meu plano pessoal ser governador. Eu estou aqui como candidato por uma missão, convocado por pessoas que pensam nesse estado. Eu ajudei o Wellington que me ajudou, fomos eleitos, e tive a coragem, a determinação de não participar do governo dele.

Considerações Finais - Elmano Férrer

Quero agradecer a vocês, sou candidato, estou atendendo um chamamento de algumas pessoas e instituições que tem preocupação com esse estado. Eu vim com uma missão de dialogar com o povo e dizer que eu não prometo eu faço. Eu tenho uma história nesse estado de 52 anos de serviço público e me orgulho de ter  primeiro a competência e o preparo para ser governador deste estado. Segundo, tenho as mãos limpas, o que o cidadão brasileiro está querendo hoje é honestidade, é transparência, seriedade e compromisso. E eu me sinto preparado, sob todos os aspectos, sobretudo moral, ético, de bons costumes para governar este estado como governei a cidade de Teresina.



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