Tumulto e filas em postos marcam oitavo dia de greve em Teresina

Tumulto e filas em postos marcam oitavo dia de greve em Teresina

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A greve dos caminhoneiros, que completa oito dias nesta segunda-feira (28), está causando diversos transtornos na vida dos teresinenses. Além do desabastecimento nos supermercados que já preocupa bastante, a falta de combustível nos postos tem deixa muita  gente desesperada. 

Segundo  informações colhidas pela repórter Solange Souza do Agora da Rede Meio Norte, que percorreu vários bairros, Teresina conta apenas com 10 postos com combustível disponível para venda. Em todos os postos há um limite para compra da gasolina, os motoristas só podem comprar o equivalente a R$ 100, o que equivale a 22 litros de combustível. Além disso, são duas filas, sendo uma para carros e outra para motos. 

Um dos postos fica na BR-316. O estabelecimento conta com três tanques cada um com capacidade para 15 mil litros. Em uma das bombas há uma fila de pessoas que afirmam ter chegado ao local por volta das 07h da manhã e ainda não conseguiram comprar. A fila se prolonga chegando até a BR-343. Uma equipe da Polícia Militar está no posto para garantir o abastecimento. 

“Uma situação horrível. Estou aguardando por guardar mesmo, mas quando chegar aqui não sei”, disse um senhor, que chegou ao local por volta das 08h e segue sem conseguir combustível. 

Cerca de 98% dos postos amanheceram sem combustível na manhã de hoje. Um posto localizado na Av. Universitária, zona Leste, recebeu 10 mil litros de gasolina hoje e por conta disso houve bastante tumulto no local, inclusive com muitos motoristas empurrando carros desesperados por combustível. 

“Um sofrimento desse no meio do sol quente para um trabalhador”, disse. “Nós não temos como trabalhar porque dependemos do nosso meio de transporte”, disse outro. 

No Palácio do Karnak, representantes dos três poderes se reuniram na manhã de hoje com a vice-governadora Margarete Coelho. Eles definiram as estratégias de ação até que a situação se normalize por completa. 

“A  discussão principal é a liberação dos serviços essenciais com relação ao combustível, mas a preocupação maior é o desabastecimento geral: a população ficar sem o gás de cozinha, sem alimento. É o que pode gerar um caos muito maior com relação a sociedade”, afirmou o deputado Fábio Abreu. 

O governo divulgou agora pouco o que deverá ser feito para manter os serviços essenciais no Piauí:

O oxigênio nos hospitais públicos só vai durar mais três dias. Por isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a Polícia Militar vão escoltar os caminhões que estão na fila do movimento grevista que transportam oxigênio e serão levados para os hospitais;

A gasolina também será escoltada. A exemplo do que aconteceu no aeroporto de Teresina, a gasolina será levada para os postos que abastecem os serviços essenciais, como das ambulâncias e carros do SAMU; 

Caminhões que transportam alimentos para escolas públicas também devem ser escoltados; 



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