Cientista brasileiro da Nasa fala da missão do Robô Perseveranse em Marte

Cientista brasileiro da Nasa fala da missão do Robô Perseveranse em Marte

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O robô explorador Perseverance, da Nasa, pousou na superfície de Marte no final da tarde de quinta-feira (18), sete meses depois de a missão ter partido da Terra. A chegada foi comemorada pela equipe de pesquisadores, entre eles o cientista brasileiro Ivair Gontijo que faz parte da missão. Ele conversou com o jornalista Arimatea Carvalho na manhã desta sexta-feira (19) direto dos EUA, no programa Banca de Sapateiro.

Ivan Gontijo é responsável pelas interfaces da engenharia do robô e está à frente da empreitada. “A viajem levou sete meses. O robô saiu da Terra em 30 de julho e teve um pouso espetacular ontem (18/02) no planeta Marte e deu tudo certo. Agora ele tem muito trabalho pela frente”, explicou.

Cientista brasileito na Nasa, Ivan Gontijo conversou ao vivo no Banca de Sapateiro sobre missã do robô Perseveranse em Marte

Segundo o pesquisador, o objetivo da missão, chamada de Mars 2020, é buscar vestígios de vida em um local do planeta que já foi um lago há bilhões de anos.

“Não sabemos se existe vida ou se já existiu vida em Marte. O que o robô vai procurar é materiais orgânicos, porque a gente sabe que tudo que tem vida na Terra é feito de carbono vivente (material orgânico), então construímos instrumentos muito sofisticados que vão procurar por esses materiais. Quando descobrirmos esses materiais dentro de minerais marcianos, coletaremos amostras que vão ser deixadas na superfície do planeta para uma missão futura que trará essas amostras para a Terra”, esclareceu em entrevista.

Equipado com a mais alta tecnologia, robô Perseveranse chega a Marte- Imagem: Nasa/Divulgação

Para isso, o cientista-robô carrega instrumentos que vão coletar amostras, observar a geologia e transformar dióxido de carbono em oxigênio para viabilizar uma missão com humanos no planeta. “Vemos o leito seco de um rio e secou, nesses minerais há grande chance de forma de vida fossilizada. Os desafios são gigantescos. Estarei vivo para ver os primeiros humanos pisando em Marte. Estamos preparando viagens de ida e volta”, reiterou.

 O terreno de Marte será fotografado como nunca por 19 câmeras, além de levantar estudos do som. O veículo manda dados diariamente para a Nasa via satélite. Além disso, ele percorrerá Marte e não voltará a Terra. 

“Essa será a primeira missão que o robô vai conseguir trazer sons do planeta Marte para a Terra. O veículo tem dois microfones e os sons são muito diferentes da terra, são menos barulhentos, porque tem menos ar, os sons ficam mais graves”, detalhou o cientista que não esperava do resultado da missão em meio à pandemia e a um terremoto que ocorreu no dia do lançamento do foguete na região da sede da Nasa, na Califórnia.

Cientista premiadoIvan Gontijo  em um dos experiemtnos científicos da Nasa- Foto: Reprodução/Redes sociais

Ivain Gontigo tem uma brilhante carreira dedicada as pesquisas cientificas no Brasil e no Mundo. Nasceu no município de Moema, Minas Gerais, graduou-se, fez mestrado, doutorado na Escócia e ingressou na Nasa em 2006. A história do garoto do interior que virou cientista. O mineiro, que também é escritor, ganhou o prêmio Literário Jabuti pelo livro de ciências “A caminho de Marte”, pela editora Sextante.



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