Gilberto Albuquerque sobre segunda onda: “Final de fevereiro teremos dificuldades”

O presidente da FMS concedeu uma entrevista na manhã de hoje no programa Bom Dia Meio Norte.

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Na manhã desta quinta-feira, 28 de janeiro, o programa Bom Dia Meio Norte entrevistou o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, que falou sobre a segunda onda da Covid-19, um possível colapso no sistema público de saúde e como está a ocupação de leitos atualmente.

Segunda onda – colapso no sistema público

“Existem alguns conhecimentos hoje da ciência e da epidemiologia, ela mostra para a gente claramente o que vai ser daqui uma semana, 20 dias, um ano, dois anos, com baseado nisso ela mostra para a gente que todos os países onde houve Covid-19 com a primeira onda, houve a segunda, todos os estados do Brasil onde nós tivemos o pico antes de nós eles já tiveram o segundo pico, então nós não somos diferentes. Se aconteceu em um lugar nós já podemos prever que acontecerá conosco, nós estamos com as barbas de molho, preparando leitos, equipamentos, recrutando pessoas adequadas para cada tipo ou nível de atendimento, preparando leitos em outros hospitais que não eram Covid, mas agora podem ser.

Ontem eu tive a satisfação de um contato com uma pessoa do Ministério da Saúde que tem uma admiração muito grande pelo Piauí, ela avalia o nosso SUS como muito bom servindo então de modelo e ela vai encaminhar hoje 40 monitores e 40 respiradores, isso nos torna passivos de colocarmos mais 40 leitos de UTI se assim a gente tiver necessidade. Então nós já sabemos que essa onda virá no final de fevereiro, mês de março nós devemos estar aí com uma dificuldade maior do que a que estamos hoje”.

Jovens se tornam novas vítimas

“Todos os lugares em que essa onda está voltando, está voltando com um pico maior e uma gravidade maior dos pacientes, é a história da cepa nova, é uma variante, alguma coisa está acontecendo mas ela está vindo de forma mais violenta, o numero de óbitos que nós estamos tendo no Piauí já se aproxima do pico que a gente teve em junho, julho. Na primeira onda morreram mais os idosos com comorbidades, nesse momento agora chama muita atenção a perda de vidas de pessoas muito jovens o que não é comum doenças respiratórias, o que significa que essa doença ainda está muito incompreendida, ela ainda tem muita coisa a ser descoberta”.

Ocupação de leitos

“Ontem nós tivemos a satisfação de abrir mais três leitos no Monte Castelo, cinco leitos no HGV, hoje nós temos 6 leitos somente, de mais de 100 leitos Covid nós só temos seis leitos, uma ocupação de 94%. Na outra onda que houve os particulares foram os primeiros a lotar, a não caber ninguém e toda vez que falta leito nos particulares os pacientes caem no público, quer queira ou não o SUS é a retaguarda de todo mundo”. 

Decisão do COE no decreto estadual

"O município de Teresina vai avaliar hoje em uma reunião com os setores econômicos, isso nós vamos levar a nossa opinião como gestor da saúde, como membro do COE, vamos juntar com as informações econômicas, para que ele tenha bom subsídio e possa tomar a melhor decisão possível. Eu acho que todos os decretos que foram emitidos com intuito de proteger vidas são muito válidos, apesar do setor econômico ser desagradado muitas vezes". 



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