“Hospitais de Teresina podem ter oxigênio limitado”, alerta Dr. Gilberto Albuquerque

O médico alertou que Teresina ainda não entrou no pico da pandemia.

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O programa Bom Dia Meio Norte entrevistou na manhã desta sexta-feira, 19 de março, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, Dr. Gilberto Albuquerque, que falou sobre a situação dos oxigênios na capital e os dias em que Teresina passará por maiores dificuldades.

De acordo com ele, a Fundação Municipal de Saúde terá uma reunião com os diretores nacionais da empresa fornecedora de oxigênio para tratar da quantidade fornecida para a capital. “Existe uma programação que a gente vem fazendo desde janeiro, o acompanhamento do consumo de oxigênio e o tempo de abastecimento que a pessoa leva, então esse pico de consumo esta mais rápido do que a capacidade da empresa de abastecer nossos tanques. Por isso hoje a tarde quando esses executivos chegarem em Teresina nós já estamos acertados que faremos essa reunião para que a gente possa ter uma programação real da capacidade de abastecimento da empresa, ou quais hospitais ela tem mais condições de abastecer”, declarou.

“Nós abrimos os leitos do HUT na parte da frente exatamente pela limitação de oxigênio de outros hospitais, então essa dificuldade a gente já vem sofrendo, estamos equalizando os hospitais conforme oxigênio disponível. Nós temos uma conversa semanal com a empresa, essa de antes de ontem foi mais uma delas, a empresa não tem mais como aumentar a oferta, ela já nos avisou que a oferta está limitada, o que nós estamos fazendo agora é redistribuindo pacientes para onde tem uma capacidade maior, tecnicamente é uma maneira de você garantir oxigênio, mas isso chama atenção agora para a nossa limitação. Como nós vamos aumentar leitos se não tem oxigênio? Nós abrimos o Hospital do Matadouro ontem para que a gente possa mandar para lá os pacientes que não precisam de oxigênio. Faltar não vai faltar, mas nós teremos muita dificuldade sim, porque a empresa tem uma capacidade muito limitada de transporte de oxigênio de Fortaleza para cá”, disse.

O médico alertou que Teresina ainda não entrou no pico da pandemia. “Deveremos ter dificuldades progressivas porque nós ainda não entramos no pico, ainda está em ascensão, ainda teremos mais dificuldades nos próximos 15 dias que é o período que nós deveremos atingir o pico, aí passaremos 30 a 45 dias e depois que vamos cair. A perspectiva é que no pico nós tenhamos 31 a 39 óbitos por dia, uma previsão da epidemiologia, ou seja, ainda teremos 40% de óbitos a mais”, afirmou.



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