Marcelo Rocha contesta versão de somente uma suspeita: “Tainah era forte”

O jornalista não acredita que Geovana, por ser menor que Tainah tenha conseguido segurá-la sozinha e desferido as facadas.

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O jornalista Marcelo Rocha, pai de Tainah Luz Brasil Rocha, de 26 anos, assassinada a facadas em uma residência no bairro Mocambinho, no último domingo (15), afirmou em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte que é muito estranho a versão de legítima defesa da advogada de Geovana Thais Vieira da Silva, de 19 anos, já que foram 13 facadas no total.

Marcelo disse ainda que Tainah pediu socorro para os vizinhos e usou o plural: “Me tira daqui, elas vão me matar”. O jornalista não acredita que Geovana, por ser menor que Tainah tenha conseguido segurá-la sozinha e desferido as facadas. “As pessoas estavam socorrendo elas, quando foi para a Tainah, a Tainah disse: ‘Me tira daqui, elas vão me matar’. Tainah usou o plural, a minha filha estava um pouco mais forte, a Geovana é baixinha, não tem nem 1,60m, magrinha, a Fernanda também não é forte. Não dá para segurar uma pessoa como a Tainah sozinha e esfaquear”, relatou. 

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RELAÇÃO

A Tainah conhecia a Fernanda, elas namoravam, a Fernanda frequentava a casa de Tainah e vice versa, os vizinhos conheciam a Tainah porque ela frequentava muito lá. Elas terminaram o namoro, cada um foi cuidar do seu rumo, Tainah foi morar em Curitiba, quase 5 anos que ela morava lá, ela veio para casa está com 20 dias”. 

SENTIMENTO DA FAMÍLIA

“A família está muito abalada, a mãe da Tainah faleceu a três anos e tem as tias e os avós maternos que acompanharam tudo, meus pais estão mais em casa, só ontem eu falei para a minha mãe o que tinha acontecido porque eu sabia que ela ia acabar vendo pela imprensa. Até segunda-feira depois que a Tainah foi sepultada lá estava o ‘Marcelo pai’, depois disso surge agora o ‘Marcelo jornalista’ onde eu comecei a apurar, a procurar, os tios, as tias, os avós querem que seja feito justiça”. 

DINÂMICA DAQUELA NOITE

“A Tainah saiu no sábado a noite com o Vinícius, a noiva de Vinícius e o sobrinho, foram para a zona Leste comer caranguejo. Lá a Tainah comentou com o irmão que o Uber estava caro para ir para o Mocambinho e o Vinícius disse que levava ela, saiu de lá por volta de 21h20. No meio do caminho a Tainah disse que ia para a casa da Fernanda, o Vinícius pediu para ela mandar a localização, a Tainah conversava com ela talvez por WhatsApp e ela dizendo ‘dobra a esquerda, dobra a direita’, mas não mandava a localização. O Vinícius disse que perdeu muito tempo lá procurando até que encontraram, ele buzinou, quando buzinou a Fernanda já estava no terraço e já foi abrindo a porta, ou seja, ela já estava aguardando a Tainah, ela não chegou de surpresa. Era umas 22h30, a Tainah desceu, pegou a mochila dela e entrou na casa da Fernanda. A Fernanda ainda deu a volta, cumprimentou o Vinícius e conversaram, nisso o Vinícius foi embora”. 

RELATOS DE VIZINHOS

“Eu comecei a procurar a rua, os contatos, conversei com muitos vizinhos, um vizinho estava na porta de casa por volta de 23h conversando com outra vizinha e ela perguntou: ‘E ai, não está tendo festa não?’. Porque, segundo eles, era tradicional a Fernanda receber pessoas para beber, aí o vizinho disse: ‘Não, aí fechou foi cedo’. A porta já estava fechada às 23h e estava tudo apagado. Os vizinhos disseram que ela sempre gostou de beber no quarto dela”.

“Quando foi umas 02h58 uma pessoa me mostrou que ligou para outra pessoa dizendo: ‘olha tem uma mulher gritando aqui na rua’, essa outra pessoa disse? ‘aguarda um momento que eu vou aí’ porque era na mesma casa, só era em quartos diferentes. Segundo ela, elas ligaram para a polícia disseram que tinha uma mulher gritando e pedindo socorro. Elas foram para o portão, olharam pelo buraco e viram, segundo elas, a Fernanda sentada na calçada segurando o braço e gritando socorro e no fundo ouvia uma outra voz mais baixa, quando ela saiu foi lá na Fernanda e ela disse ‘segura meu braço’.

LEGÍTIMA DEFESA

“Não chegou só uma ambulância ,  chegaram duas porque a Fernanda discutia com todo mundo e uma das mulheres da ambulância chegou ao ponto de dizer: ‘Chame outra ambulância porque nessa ela não vai’. As testemunhas disseram que quando levaram a Tainah os braços estavam cortados, que é a questão da defesa, você coloca os braços para se proteger, tinha também perfurações no abdômen, na mama direita e na coxa e na panturrilha. O HUT passou como 7 perfurações, quando eu fui no IML conversar com o perito, depois ele me passou o documento e o perito me disse 13. Eu peço para a população pensar, legítima defesa é alegação que todas as advogadas colocam, uma legitima defesa com 13 facadas é estranho”. 

PERFIL DA FERNANDA

“Os moradores conhecem a Fernanda, não querem ter contato com ela, a Fernanda sempre foi aquela menina desde quando pequena, que era do convencimento, Fernanda tinha os colegas, brincava com eles e tinha um balde de água, ela colocava os colegas dentro e tampava para ter a sensação de os colegas estarem se afogando. Fernanda tem uma vizinha, que o marido dessa vizinha foi preso por assalto, ele pagou a pena e foi pra casa. A Fernanda uma vez ligou para essa vizinha e disse, ‘fulana me faz um favor quero falar com teu marido, eu quero que ele assalte o bar do fulano’”. 

JUSTIÇA

“Uma história tem três versões, a minha, a tua e a verdade, a verdade vai aparecer, seja aqui ou em outro lugar ,eu confio na justiça. A polícia do Piauí tem profissionais que fazem grande trabalhos. Raramente você vai ver lágrimas minhas, eu estou chorando por dentro, meu coração está doendo, me doi mais ainda ver a avó de Tainah como ela está”. 



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