Um golfinho encalhou no fim desta tarde de quinta-feira, 13/4, na Praia do Coqueiro, município de Luís Correia, litoral do Piauí, Meio-Norte do Brasil. O cetáceo pesava entre 100 a 110 kg e deveria ter cerca de 150 cm. Sua cor, azul intenso, parecia preta por conta da baixa luminosidade. O animal foi levado para um local afastado dos banhistas e, com o apoio do grupo ambientalista Instituto Tartarugas do Delta, foi salvo de afogamento e levado a uma piscina natural. Menos de 24 horas depois, mesmo com todos os cuidados e atenção, não sobreviveu para voltar à liberdade no mar.

O golfinho era da espécie Peponocephala electra, mais conhecida como golfinho cabeça-de-melão. Pertencente à família dos delfinídeos, essa espécie é encontrada em águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Sua característica marcante é ter focinho arredondado, sem bico definido e corpo negro com manchas no ventre e ao redor da boca.
Esse é o segundo golfinho que encalha em praias piauienses em um mês. Em março, outro também morreu após ser encontrado na Praia do Arrombado.

Golfinhos são mamíferos, respiram o ar por pulmões. Em casos como esse devem ser hidratados e mantidos calmos até poderem voltar ao mar. Recomenda-se avisar de imediato às autoridades ambientais. e poupar o animal de mais estresse do que já está passando.
Várias hipóteses explicam os encalhes de golfinhos. As causas vão desde problemas fisiológicos nos próprios animais, o que pode prejudicar seu senso de orientação, até interferências provocadas pelo meio ambiente.

Enigma marinho
Especialistas apontam sete prováveis razões para esses incidentes
PROBLEMAS INDIVIDUAIS…
1. Fuga de predadores
2. Perseguição a presas perto da costa
3. Doenças diversas
4. Distúrbios de localização em águas rasas
… E AMBIENTAIS
5. Interferência geomagnética, que provoca erros de navegação
6. Condições dos mares e do relevo submarino complexas
7. Condições meteorológicas adversas
Fonte: Centro de Estudos sobre Encalhes de Mamíferos Marinhos (CEEMAM)
