“Não vejo motivo para impeachment do Bolsonaro”, diz deputada Janaina Paschoal

A deputada concedeu uma entrevista ao programa Diálogo Franco, da TV Jornal Meio Norte.

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Na manhã desta segunda-feira, 29 de junho, o programa Diálogo Franco entrevistou a deputada estadual de São Paulo, pelo PSL, Janaina Paschoal. O programa que é apresentado por Silas Freire e esta semana tem a coapresentação de Eli Lopes, discutiu vários assuntos polêmicos da atualidade.

IMPEACHMENT DO BOLSONARO

“Se estivessem presentes as mesmas condições do impeachment da Dilma sim, mas hoje nós não temos crimes de responsabilidade, nós temos o que são as críticas que eu venho fazendo de maneira contundente, até por isso hoje sou perseguida pela esquerda e pela direita. Nós temos um presidente que erra ao afastar as pessoas mais ponderadas que o apoiaram, que votaram nele, que subiram no seu palanque e se juntar apenas aquela ala mais radical, então o presidente erra nesse movimento de isolamento, erra no tom, muitas vezes ele esta falando a coisa certa só que usa um tom agressivo, irônico e isso gera reações. Ele infelizmente na minha leitura é muito submisso aos filhos e isso tem prejudicado bastante ele, então eu tenho uma série de criticas ao presidente, mas não são críticas referente ao crime de responsabilidade, por isso hoje eu não pediria e não vejo elemento para ninguém pedir impeachment do presidente”, declarou.

CORONAVÍRUS

“Antes de a doença chegar ao Brasil eu já estava estudando, acompanhando as notícias internacionais, então tenho muito interesse nessa aérea de saúde. No começo da pandemia eu peguei Covid e adotei essa orientação de ficar em casa e a gente vai sentindo uma tremedeira, suor, fraqueza, mas eu conseguia tocar minhas atividades, quando deu o 15º dia eu praticamente desmaiei na sala da minha casa e já fui ao hospital em uma situação que se eu tivesse ido antes eu teria evitado. Então eu entendo que as pessoas, principalmente aquelas que perdem olfato e paladar, devem procurar as unidades de saúde e devem insistir muito para fazer uma tomografia. Quando eu cheguei ao hospital muito mal fizeram exames de Covid e meus exames deram negativo porque eu já estava há muitos dias, eles diagnosticaram o coronavírus pela tomografia porque acusaram as manchas no pulmão e entraram com antibióticos. A gente se apega muito nesse negócio de fazer o teste, mas os testes são falhos, os exames que detectam”.

ATUAÇÃO DE BOLSONARO DURANTE A PANDEMIA

“A gente tem que ser justo, o presidente errou pessoalmente, ele como líder publico, condutor da nação ao desmerecer uma doença que já se mostrava grave no mundo todo, ao dar mal exemplo de ir para o meio da população, não usar a máscara, foi um erro dele como líder. Agora o governo acertou porque mesmo tendo as trocas de ministros, nenhum dos ministros cometeu um equívoco, as orientações do Ministério da Saúde foram todas técnicas, foram sendo adaptadas conforme as descobertas que foram sendo feitas, então eu não vejo que os números sejam decorrências de um equívoco, nós estamos em uma situação difícil, são 55 mil mortos, mas esses números precisam ser olhados de maneira proporcional, porque o Brasil é um país muito populoso, nós não podemos comparar com Espanha, França , Inglaterra. É grave? É, mas diante do que aconteceu no resto do mundo eu não acho que a gente destoe, é uma pandemia”.

ALIADOS DE BOLSONARO

“Existem deputados bolsonaristas que seguem negando a doença mesmo tendo baixas na própria família, infelizmente o presidente escolheu se unir mais a essa ala, que eu vejo como uma ala tão cega como a ala petista. Quando começou a pandemia eu cheguei a pedir para ele sair, é claro que eu queria que ele desse certo, mas entre ele dar certo e o país dar certo eu prefiro o país, eu acho que agora ele está entendendo um pouco melhor qual é o papel do presidente. Durante a eleição eu convivi um pouco com ele, não tanto como outras deputadas, mas o suficiente e quando a gente ia para alguma entrevista e algum debate, eu falava para ele ter cuidado com os jornalistas, ele conseguia ponderar, então eu acho que é aquele povo que está do lado dele que faz com que ele fique dessa forma”.

SAÍDA DE MORO

“Quando o ministro saiu e na hora que estava fazendo aquela entrevista coletiva eu chorava porque eu entendi ali que a gente estava abandonando de vez a luta anticorrupção. E da maneira que ele fez a apresentação eu entendi que havia algo muito grave a ser revelado, conforme o inquérito foi andando e eu fui lendo os depoimentos dos delegados, assisti o vídeo da reunião ministerial eu percebi que no ponto de vista criminal nós não temos nada. Eu acho que é uma pena ele ter saído, é uma pena que eles não tenham conseguido conviver, são duas pessoas de personalidade muito forte e aí deu choque, o ministro queria carta branca, o presidente tirou, não ia dar certo mesmo, é uma grande perda para o Brasil mas o santo deles não bateu”.



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