Startup cria abatedouro móvel para processar carne nas fazendas

Startup cria abatedouro móvel para processar carne nas fazendas

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A agtech Provenir criou um mini abatedouro móvel e de alta tecnologia para driblar o fechamento dos frigoríficos tradicionais por conta da Covid-19 na região de Victoria, na Austrália.

O primeiro modelo entrou em operação na semana passada em uma fazenda em Bannackburn e processou um pequeno número de bovinos que foram criados na mesma propriedade.

Instalado em um semirreboque para caminhões, o modelo conta com toda a estrutura de um frigorífico de grande escala, mas evita aglomerações de muitas pessoas o que permite maior controle.

Além de focar em altas exigências de bem-estar e qualidade alimentar, a Provenir também enfatiza a rastreabilidade total, alimentação por pastagem ao ar livre, dieta sem hormônios ou antibióticos.

“Nossa modelagem econômica precisa trabalhar na procedência e pedimos um prêmio por isso”, disse Chris Balazs, proprietário da agtech e também produtor.

A startup também usa tecnologia digital para compartilhar a rastreabilidade com os consumidores. Com a leitura de um QR code nas embalagens, os clientes recebem uma conta detalhada de como a carne foi produzida e processada.

O “abatedouro ambulante” faz parte de um esforço maior dos pecuaristas pelo estabelecimento de pequenos matadouros nas fazendas, o que também inclui aves e suínos.

Na última terça-feira, Balazs recebeu uma licença para iniciar os abates da autoridade de Sanidade Alimentar de Victoria na sua fazenda, a Sage Farms. A iniciativa também foi elogiada pelo secretário de Agricultura do país.

Segundo o órgão, há pelo menos outras cinco fazendas da região que se inscreveram para abater gado pelo matadouro móvel Provenir, com centenas de outros manifestando interesse.

“Em cinco anos, poderemos processar 12.000 cabeças de gado e 75.000 cordeiros em todo o estado por ano”, disse Balazs.

Abatedouros regionais 

A jornada para desenvolver um sistema para micro-matadouros móveis para fazendas começou depois dele  testemunhar o lento e contínuo fechamento de matadouros regionais.

O objetivo era evitar que os criadores percorressem centenas de quilômetros até plantas grandes para processar seus animais. “Perdemos 75% de nossos matadouros nos últimos 20 anos, mas estamos produzindo 300% mais carne”, disse Balazs.

Seu parceiro de negócios, Jayne Newgreen, dono de um restaurante na mesma cidade, disse: “A concentração da indústria de carne não é boa. Agora, esse vírus está revelando suas fraquezas”.

Jayne lembrou que o transporte de animais por longas distâncias estressa os animais. “É uma questão de bem-estar. E para o consumidor, os animais estressados pioram a qualidade do produto”.

Os primeiros bifes da Sage Farms no abatedouro móvel estarão nas lojas e disponíveis on-line para os consumidores da região de Vitória em poucas semanas.

“Embora nosso modelo não seja imune a surtos de Covid, não temos uma força de trabalho de 500 pessoas. Nossas práticas de trabalho nos colocam em uma boa posição para enfrentar esta tempestade”, finalizou Newgreen.



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