Não é só dor: Apendicite pode ser fatal, conheça principais sintomas

Condição pode atingir de 5% a 10% da população no mundo e deve ser tratada com urgência

A apendicite é uma proliferação de bactérias causada por uma obstrução no apêndice | Reprodução: Internet
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A apendicite aguda é uma das principais causas de abdome agudo inflamatório no mundo todo. Então seja no Brasil, seja na Rússia, precisamos reconhecer um quadro de apendicite aguda, e conseguimos isso reconhecendo os sintomas desse quadro tão típico. Essa condição é uma inflamação comum que ocorre no apêndice, pequeno órgão localizado no lado direito do intestino grosso, próximo à junção com o intestino delgado.

A inflamação surge devido à obstrução do órgão por pequenos pedaços de fezes e alimentos, parasitas ou outros corpos estranhos. Estima-se que a enfermidade pode afetar 1 em cada 500 pessoas todos os anos, especialmente os jovens. A boa notícia é que essa inflamação costuma ser resolvida por meio de uma cirurgia minimamente invasiva.

No entanto, é fundamental que ela seja identificada o mais rápido possível, já que pode se agravar e trazer grandes complicações. Se a inflamação permanecer sem tratamento, o apêndice pode sofrer uma ruptura. A ruptura do apêndice também pode causar a formação de uma bolsa de pus infectada (abscesso). Como resultado, uma peritonite (inflamação e geralmente infecção da cavidade abdominal, que pode resultar em uma infecção possivelmente de risco à vida) pode se desenvolver.

O grande problema é que a condição provoca sintomas muito parecidos com os de outras doenças, o que pode confundir e até atrasar o diagnóstico. Todavia, é importante saber reconhecer os primeiros sinais da doença e buscar orientação médica na hora certa. Menos de 50% das pessoas com apendicite têm os sintomas tradicionalmente descritos em que a dor começa no abdômen superior ou ao redor do umbigo e depois surgem náuseas e vômitos e então, depois de algumas horas, a náusea passa e a dor muda para a parte inferior direita do abdômen.

Há sensibilidade quando o médico pressiona essa área e, quando a pressão é removida, a dor pode aumentar agudamente (dor à descompressão). Febre de 37,7° a 38,3° C é comum. Mover-se e tossir aumentam a dor. Em muitas pessoas, principalmente em bebês e crianças, a dor pode ser generalizada, em vez de localizada na região inferior direita do abdômen. Em pessoas idosas e gestantes, a dor costuma ser menos grave e a área é menos sensível. Se o apêndice se romper, a dor pode diminuir por algumas horas. Logo, a peritonite ocorre, e dor e febre podem se tornar intensas. Se a infecção piorar, ela pode causar choque.

Principais sintomas de apendicite

  • Sensação de estufamento no abdome;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Mal-estar geral.

"A dor da apendicite aguda pode variar conforme a posição do apêndice em cada pessoa. Desta forma, ela pode também apresentar-se nas costas, mimetizando uma dor lombar. Frequentemente, o paciente com esse problema apresenta dor ao passar por uma lombada ou um buraco ao deslocar-se", explica Aline Celeghini, médica cirurgiã geral e coloproctologista da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia).

Não há diferença no que diz respeito a sintomas de apendicite em homens e mulheres. Porém, no caso de pessoas do sexo feminino, deve-se excluir a possibilidade de gravidez, doenças ginecológicas infecciosas ou problemas relacionados ao ciclo menstrual.

Sintomas de apendicite em crianças

  • Diarreia;
  • Cansaço;
  • Prostração;
  • Falta de apetite.

Como é o diagnóstico e o tratamento da apendicite?

Uma vez confirmado, o tratamento da apendicite é essencialmente cirúrgico para a remoção total do órgão. O procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia, cirurgia robótica ou cirurgias abertas com incisões na lateral direita do abdome ou na região central, a depender da gravidade do caso.

"Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a evolução da doença, pois a apendicite é um processo extremamente simples se tratado cirurgicamente a tempo, mas que pode evoluir para quadros mais graves se o seu diagnóstico e tratamento forem tardios", esclarece Raymundo Paraná, professor titular de gastro-hepatologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).



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