Senadora diz que Léo Pinheiro disse o que o Moro queria em delação

Nesta sexta-feira (21), a senadora Regina Sousa (PT) esteve no Jornal Agora e comentou a delação do empreiteiro da OAS, Léo Pinheiro, divulgada na última quinta-feira em que ele afirma que o ex-presidente Lula recebeu vantagens de empresas enquanto esteve no governo. 

De acordo com a senadora, o empreiteiro mudou o depoimento para agradar o juiz federal Sérgio Moro, titular das ações da Operação Lava Jato. Regina Sousa afirmou que as delações precisam ser provadas, inclusive as que envolvem representantes de outros partidos. 

"Primeiro ele tem que provar tudo, por enquanto é delação. A pessoa que está presa, querendo ser solta, diz o que o juiz quiser ouvir. O Léo Pinheiro a menos de um ano atrás disse exatamente o contrario, inocentou o Lula e quando falou no Aécio Neves o Moro mandou ela para porque “não vinha ao caso”. Ele passou 11 meses refletindo para fazer o dever de casa e dizer o que o Moro quer, ele tem que provar. Tem gente que tem provas, por exemplo, o Serra foram mostrados os recibos dos depósitos, alguém fala em Serra na televisão? O governo inflou os meios de comunicação para falar em Lula, não é mais só a Globo, são todos. Não contingenciou um centavo dos meios de comunicação, tirou de tudo”, afirmou. 

A parlamentar ainda destacou que todos devem ser tratados igualmente e defendeu que o país tenha eleições gerais já em outubro deste ano, já que, segundo ela, o governo de Michel Temer perdeu a legitimidade. 

"Vamos provar e também tratar igualmente, está muito na cara que o Léo Pinheiro disse o que Sergio Moro queria que ele dissesse. Ele mandou o Léo Pinheiro para a masmorra para poder pensar e refazer o depoimento.Esse país está passando por uma crise tão grande que a solução seria eleições diretas. Nós defendemos para outubro desse ano eleições diretas, para tomar posse em 1º de janeiro, porque não tem mais legitimidade o governo Temer”, disse.