Cidade de SP aprova lei que preserva marca de dinossauros em ruas

A maioria das pegadas encontradas é de celurossauro, dinossauros que tinham o tamanho de uma galinha e que viveram na região há, aproximadamente, 135 milhões de anos.

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Na Câmara Municipal de Araraquara (SP), uma lei aprovada por unanimidade visando  barreiras para a manipulação de placas de arenito que contenham pegadas de dinossauros, com o objetivo de proteger esse patrimônio histórico que é desconhecido até dos próprios moradores da cidade.  O lugar tem mais de mil marcas catalogadas espalhadas em placas de arenito, de acordo com levantamento da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Segundo vereadora Juliana Damus (Progressistas), autora do projeto, parte significativa desse acervo já foi danificada ou descartada, na maioria das vezes, por falta de conhecimento das pessoas.

As placas de pedra são encontradas em vários pontos da cidade como as calçadas do Parque Infantil e do Boulevard dos Oitis, na rua Voluntários da Pátria (Rua 5), onde foi criado um museu a céu aberto com placas indicativas de onde estão as marcas deixadas pelos dinossauros e de que espécie eles eram.

Reprodução EPTV


Com a lei, fica estabelecido que todo serviço de remoção, reforma ou remodelação de áreas destinadas ao passeio público revestidas de lajes de arenito deve ser avaliado pelo Poder Público.

Uma equipe especializada vai fazer a análise das placas e se tiver um fóssil, o material vai ser levado para o museu de arqueologia e paleontologia. Quem desrespeitar a regra vai ser multado.

Há também a intenção de fazer um trabalho de conscientização nas escolas para que as crianças entendam a importância da preservação.

Segundo o paleontólogo e professor da UFSCar Marcelo Adorna Fernandes, boa parte do interior de São Paulo foi um grande deserto e onde hoje está Araraquara havia uma espécie de oásis que permitiu que os animais deixassem seus rastros na areia molhada, depois transformada em pedras.

Reprodução EPTV


“A pequena umidade que existia nesse ambiente ajudava a manter a forma das pegadas. A areia seca recobriu essas pegadas e com um evento vulcânico que teve posteriormente, a lava recobriu esse deserto, endureceu a areia que se transformou em arenito”, explicou o especialista.

A maioria das pegadas encontradas é de celurossauro, dinossauros que tinham o tamanho de uma galinha e que viveram na região há, aproximadamente, 135 milhões de anos.

Reprodução EPTV




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