Nootrópicos: conheça os alimentos que são capazes de nutrir sua mente

Está sob pressão no trabalho ou no estudo? Conheça as substâncias que auxiliam na melhora da performance cerebral, foco e memória

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Populares no Vale do Silício, na Califórnia, meca das inovações tecnológicas, os nootrópicos são substâncias que podem contribuir para a melhora da performance cerebral, da memória e da concentração. Nos Estados Unidos, marcas como TruBrain, Qualia e HVMN oferecem bebidas,  alimentos e suplementos com substâncias neuroativadoras -- alguns dos produtos foram desenvolvidos em parceria com especialistas em neurociência. 

Constance- Vogue

No Brasil, o termo ainda não é conhecido, mas isso não significa que não haja demanda para a melhora da cognição. “Desde estudantes até trabalhadores, há uma crescente busca por meios de aumentar o desempenho cerebral, seja para ‘maratonar’ uma madrugada antes de uma prova difícil, seja para aumentar a produtividade no trabalho”, avalia Claudia Coral, farmacêutica especialista em ativos da Galena Farmacêutica. 

A definição de nootrópico foi estabelecida em 1972 e desde então diferentes substâncias foram incluídas nesse grupo, como compostos químicos, aminoácidos e vitaminas. “A neuronutrição privilegia substâncias que agem aumentando o fluxo sanguíneo e o fornecimento de nutrientes para o cérebro, estimulando a formação de novos neurônios, além de novas conexões e sinapses”, explica Luciana Harfenist, nutricionista especializada em Nutrição Funcional e Esportiva do Rio de Janeiro.

 Ainda que não tragam o termo nootrópico no rótulo, produtos manipulados ou prontos à venda no país podem cumprir essa função. Entre os ativos, Luciana Harfenist destaca o Magnésio L-Treonato (atua diretamente nos neurônios, aumentado a função cognitiva e, consequentemente, foco e aprendizado), o Neuravena (obtido a partir de uma variedade de aveia silvestre, possui bioativos que ativam o cérebro) e o Serenzo (extrato natural para o gerenciamento do estresse e diminuição da insônia, o que auxilia na manutenção das funções cerebrais). Outros exemplos são os fitoterápicos populares nas medicinas tradicionais chinesas e indiana, como Ginkgo biloba, Bacopa monnieri, Convolvulus pluricaulis e Rhodiola rósea.

Mas você não precisa, necessariamente, tomar suplementos para se beneficiar das substâncias neuroativadoras, já que elas estão presentes também nos alimentos in natura.  “Salmão, rico em DHA, e ovos, fonte de fosfatidilserina, se destacam pelos seus efeitos nootrópicos”, diz Luciana Harfenist. Outras opções interessantes são os chás preto, rico em teanina e cafeína, e o chá verde, que também conta com as catequinas. 


Já as verduras, frutas, cereais e carnes, carregam vitaminas e minerais fundamentais para a saúde do cérebro (veja quadro  Nootrópicos in natura, abaixo). A nutricionista destaca as vitaminas do complexo B, como a B1 (tiamina), B6 (piridoxina), a B9 (ácido fólico) e B12 (cianocobalamina), vitaminas C e E, e minerais como o magnésio e o zinco. Essas substâncias permitem que as sinapses e os impulsos nervosos ocorram adequadamente. Além disso, atuam na produção de neurotransmissores para o controle da ansiedade e com ação antidepressiva, e para melhorar a capacidade cognitiva, como a serotonina e dopamina. São ainda antioxidantes potentes, preservando a integridade dos neurônios -- suscetíveis à ação de radicais livres.

“Cada pessoa possui necessidades nutricionais diferenciadas e, por isto, é válido lançar mão da suplementação de nootrópicos em quem necessita de uma intervenção mais rápida. Caso, por exemplo, de uma pessoa que está sob pressão no trabalho e nos estudos, mas seu foco, concentração, e consequentemente, a capacidade de aprendizado e memória se encontram reduzidos”, afirma Luciana Harfenist. A suplementação necessita de acompanhamento de profissional especializado em nutrição e deve estar aliada a uma alimentação equilibrada para que tenha efeito.

Nootrópicos in natura

Conheça as substâncias neuroativadoras disponíveis na dieta do dia a dia.
Colina: ovos, peixes como sardinha e cavala, abacate, manga, morango, framboesa.
Curcumina: cúrcuma (açafrão da terra).
Inositol: feijões, laranja, ervilha, melão, amendoim.
Magnésio: banana, abacate, uva, aveia, gergelim, amendoim, girassol, leite, soja, couve, espinafre.
Piperina: pimenta preta.
Selênio: castanhas do Pará, de caju, milho, aveia,
Silício: maçã, manga, banana, repolho cru, cenoura, pepino, amendoim, amêndoas, aveia, lentilha.
Tirosina: frango, peixe, abacate, amendoim, amêndoas, iogurte natural, arroz.
Triptofano: aveia, frango, feijões, semente de abóbora e de girassol, gergelim, amêndoa.
Vitamina B1: água de coco, peixes, frango, repolho, feijões, milho.
Vitamina B6: aveia, milho, ovos, espinafre, ervilha.
Vitamina B9: levedo de cerveja, milho, folhosos verdes escuros, lentilha, feijões.
Vitamina B12: carnes vermelhas, iogurte natural, ovos.
Vitamina C: tomate, mamão, morango, caju, abóbora, batata doce, brócolis.
Zinco: ovos, frango, semente de gergelim.



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