Saiba se quem sofre de epilepsia pode dirigir; mitos e verdades

Conheça os mitos e as verdades sobre a doença

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O exame toxicológico feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) constatou que o motorista que causou o atropelamento na noite desta sexta(18) deixando 16 feridos e um bebê morto em Copacabana não estava alcoolizado. Durante o seu depoimento, Antonio Almeida Anaquim alegou ser epiléptico e diz que teve um ataque da doença quando estava dirigindo.

A epilepsia é uma doença neurológica, que pode atingir todas as idades, caracterizada por descargas elétricas anormais excessivas no cérebro que são recorrentes e geram um ataque de epilepsia ou as crises – que podem se manifestar com alterações da consciência ou eventos motores, sensitivos/sensoriais, autonômicos (por exemplo: suor excessivo, queda de pressão) ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por outra pessoa.

As crises e falta de informação ainda faz com a doença seja rodeada de preconceitos. "Na maioria dos casos, os pacientes estão aptos ao estudo e trabalho, desde que não executem atividades que os exponham a risco. É uma doença controlada em 70% dos casos quando dignosticada e tratada corretamente", afirma Laura Guilhoto, presidente da Associação Brasileira de Epilepsia. 

Mas quem tem epilepsia pode dirigir?

Segundo a Associação Brasileira de Educação de Trânsito, o paciente com epilepsia que se encontra em uso de medicação antiepiléptica poderá dirigir se estiver há um ano sem crise epiléptica – dado que deve ser apresentado através de um laudo médico.

Caso o paciente esteja em retirada da medicação antiepiléptica, ele poderá dirigir se estiver há no mínimo dois anos sem crises epilépticas e ficar por mais seis meses sem medicação e sem crise.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo há 50 milhões de pessoas com epilepsia .

Mitos e verdades

Ainda existem diversas dúvidas sobre a epilepsia. Diante disso, a Dra. Adélia Henriques Souza, neurologista infantil e presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), esclarece alguns mitos e verdades:

- Epilepsia é uma doença neurológica e não é contagiosa. Também não é uma doença mental;

- Nem toda convulsão é epilepsia. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia, ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas;

- Paciente pode ficar consciente durante a crise. E crise pode ter diferentes características: serem rápidas ou prolongadas; com ou sem alteração da consciência; com fenômeno motor, sensitivo ou sensorial; únicas ou em salvas; exclusivamente em vigília ou durante o sono;

- Estresse pode desencadear uma crise.

O que fazer para ajudar durante uma crise?

As crises podem acontecer em qualquer ambiente e os sinais característicos são movimentos descontrolados do corpo.

As organizações e médicos alertam também que nem todas as crises têm as mesmas características – a pessoa pode se manter consciente ou não e ter ou não complicações – mas existem algumas dicas do que fazer se alguém tiver uma crise perto de você. Entretanto, se a crise durar mais de 5 minutos, chame atendimento médico de urgência. 

1. Mantenha a calma. Transparecer o estresse pode deixar a pessoa mais nervosa e potencializar os sintomas;

2. Acomode e posicione a cabeça da pessoa de lado;

3. Afaste-o de objetos cortantes ou pontiagudos, como tesouras, canetas ou facas;

4. Não coloque nada na boca da pessoa;

5. Não segure a pessoa;

6. Aguarde a pessoa se reestabelecer e ofereça ajuda

7. Não dê água ou remédios durante um ataque de epilepsia;




Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES