SEÇÕES

Planta amazônica é pesquisada para repelente contra Aedes Aegypti

A aninga é uma planta encontrada nas áreas alagadas da Amazônia

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Pesquisadores do MPEG (Museu Paraense Emílio Goeldi) estão desenvolvendo uma nova ferramenta no combate ao mosquito Aedes aegypti , que é o transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e malária. A equipe da instituição está criando um larvicida e repelente à base de aninga, planta encontrada nas áreas alagadas da Amazônia.

De acordo com a pesquisadora Cristine Bastos do Amarante, os estudos para criar o repelente contra o Aedes aegypti começaram há três anos e contam com a participação de 20 pessoas. A previsão é de os trabalhos durem mais cinco anos. Os cientistas atuam no desenvolvimento de um composto produzido com os óleos essenciais e extratos das espécies do gênero Montrichardia , do qual a aninga faz parte.

A pesquisa teve início há dez anos, após a constatação feita por comunidades ribeirinhas da Amazônia de que não havia mosquitos transmissores da malária nos locais onde era encontrada a planta estudada.

"Isso nos motivou a levar ao laboratório, estudar a composição química e fazer ensaios com a aninga. Vimos que, realmente, os extratos dessa planta inibiram o crescimento dos ovos do Plasmodium falciparum, que é o parasita causador da malária. Repetimos os testes e começamos a ter resultados positivos", relata Cristine Bastos do Amarante.

"Publicamos um estudo em 2010 sobre o combate à malária. Agora, estamos estendendo os estudos para o Aedes . Esperamos bons resultados pelas substâncias que já encontramos, que são reconhecidamente repelentes na literatura. Queremos desenvolver uma formulação ou transferir essa tecnologia para uma empresa", disse a pesquisadora.

De acordo com informações do Ministério da Saúde , em 2016, pelo menos 794 pessoas morreram no País em consequência das doenças transmitidas como dengue, zika e febre chikungunya.

Modificação do inseto

Outro projeto-piloto, realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Rio de Janeiro e já testado com 90% de sucesso, consiste em substituir os insetos comuns por outros incapazes de transmitir as doenças .

Cientistas liberaram mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia , que é natural e já existe em outros insetos, mas no Aedes Aegypti é capaz de “esterilizá-lo”, barrando a reprodução dos vírus das doenças. O teste foi feito no Ponto Final, no bairro de Jurujuba, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a substituição dos mosquitos foi efetiva.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos