Público LGBTQIA+ ganha destaque em coleção de calçados

Aposta em sapatos para mulheres trans, drag queens e crossdressers evidencia o potencial do segmento pouco explorado no Brasil

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Coleção de sapatos aposta em público LGBTQIA+ | João Frós
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O mercado de calçados no Brasil  está cada vez mais diversificado. Um exemplo disso é a variedade de estilos e nichos que estão sendo representados em meio a modelos, cores, formas e tendências.

No entanto alguns grupos ainda se sentem pouco representados atualmente. E há no mercado ainda uma falha nesse sentido dos grupos minoritários.

Foi então que uma marca carioca criada na pandemia, decidiu investir decidiu investir em um catálogo exclusivo para mulheres trans, drag queens e crossdressers.

A ideia era buscar satisfazer a necessidade desse público no mercado de calçados, na moda, no meio de expressão.

Fora do padrão convencional a intenção é fugir do tradicional, num mercado casa vez mais competitivo.

Coleção posta em público LGBTQIA+/João Frós

Os sapatos tem numeração especial, que vão até o número 43. O criador da ideia, Filipi Sant’Anna, explica como tudo surgiu. “Muita gente sequer sabe disso, mas certas parcelas da comunidade LGBTQIA+ enfrentam muitos desafios no dia a dia, em tarefas simples como a compra de um sapato”, afirma. Segundo ele, as mulheres trans, drag queens e crossdressers são as que mais sofrem com esse problema.

“Por geralmente terem um pé maior do que o tamanho adotado pelo mercado de calçados para desenvolver cada par, fica complicado encontrar sapatos bonitos e confortáveis e com design moderno”, aponta.

90% do mercado não olha para eles

Observando o panorama do mercado, ele identificou também uma oportunidade de negócio. “As minorias não são devidamente representadas em pleno 2021, o que torna o cenário preocupante. Assim, analisamos essa falta de opções e decidimos atingir esse público, já que 90% do mercado não olha para ele.”

Filipi revela que a equipe leva em consideração o cotidiano dos clientes para confeccionar cada detalhe dos sapatos. “A confecção é feita de acordo com as cores da estação e com solas maiores e mais resistentes, pois a procura geralmente se concentra entre os números 40 e 43. Em seguida, desenvolvemos um protótipo e enviamos para a produção. Percebemos que os calçados são usados, na sua maioria, na correria do cotidiano, antes ou durante performances, e até mesmo em encontros e reuniões das classes”, acrescenta.

coleção foi toda inspirada nesse público e suas necessidades/João Frós

Os sapatos voltados para os drag queens e crossdressers são bastante parecidos com os vendidos no e-commerce da marca para o público em geral, que é majoritariamente feminino. As diferenças estão no reforço do material e no acabamento mais extravagante.

Tudo com tonalidades vibrantes, com inspiração em luz e brilho.

“Quando uma drag, um crossdresser, uma mulher trans encontra o sapato perfeito em uma loja convencional de um grande shopping, como as nossas lojas físicas, isso realmente se torna um grande marco da era em que a diversidade ganha cada vez mais espaço”, celebra.

Para o empresário, atingir de forma positiva a comunidade LGBTQIA+ é super importante.

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