“Tenho mágoas do Brasil”, revela modelo transexual Lea T

“Se eu cair, levanto e sigo desfilando. Faço assim na vida.

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Modelo da passarela do SPFW | ig
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No camarim do desfile feminino de Alexandre Herchcovitch, enquanto uma manicure retocava as unhas de Lea T com esmalte cinza, a modelo de 29 anos,1,81 m de altura e 69 quilos esperava ansiosa por sua estreia na São Paulo Fashion Week.

"Vou desfilar um vestido lindo, adoro o Alexandre. Tenho amigas brasileiras que vivem na Itália e elas foram as primeiras a me falar do Alexandre. Fico muito honrada de ter recebido o convite e espero que outros venham", disse ela, feliz com a oportunidade mas sabendo que imprevistos podem acontecer na passarela. "Se eu cair, levanto e sigo desfilando. Eu faço assim na vida, é o que vou fazer no desfile."

Ela nasceu no Brasil, filha de pais brasileiros - seu pai é o ex-jogador de futebol Toninho Cerezo -, e foi criada na Itália. Hoje mora em Milão, e vive uma relação "diferente" com sua terra natal. "Tenho certas mágoas do Brasil", desconversa. Mas, ainda assim, Lea diz que morre de saudade de muitas coisas. ?O que mais sinto falta é de minha família, de minha avó?, conta ela, que tem com o pai um relacionamento distante. Não o mencionou na entrevista, mas falou de uma tia, de sua mãe e da avó. Dois de seus três irmãos eram esperados na primeira fila do desfile. ?Também morro de saudade de comer uma picanha?, diz Lea, aos risos. ?Da falta que sinto da música brasileira dou um jeito lá na Europa mesmo?, completou.

?UMA ESPÉCIE DE IVETE SANGALO?

Em Milão, a modelo transexual mais conhecida do momento trabalha com Ricardo Tisci, diretor criativo da Givenchy. ?Não tenho muitos amigos no Brasil, porque morei a vida inteira na Itália, mas conheço alguns brasileiros que moram lá. Minha mãe é brasileira, eu nasci aqui, mas fui criada fora?, explica ela, num português sem sinal de sotaque. Lea fala baixo, parece tímida. A língua levemente presa a faz sibilar um pouco.

Conta que gostaria de vir mais ao Brasil e que sempre que pode dá um jeito: ?Venho pelo menos uma vez ao ano, quando estou de férias. Passo um mês, é o suficiente para ver minha avó e minha tia?, diz.

Para as modelos que procuram um lugar ao sol no disputado mundo da moda, Lea aconselha: "Usem a cabeça, não parem de estudar. Modelo burra não dá!"

No backstage, o hairstylist Celso Kamura, que cuida da beleza do desfile de Herchcovitch, deu sua opinião sobre Léa T: "Ela é uma espécie de Ivete Sangalo."



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