Brasileiro é finalista entre os melhores nadadores do mundo

O pernambucano competiu com maiores velocistas da natação

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Nas raias ao lado estavam alguns dos maiores velocistas da natação britânica. Havia até um canadense, medalhista da última edição dos Jogos Pan-Americanos. Entre eles, um brasileiro. Dono de sete medalhas em Jogos Paralímpicos, Phelipe Rodrigues foi o único nadador com algum tipo de deficiência a disputar o campeonato inglês de inverno. O pernambucano chegou à final dos 50m livre e se despediu com o 10º lugar.

O evento em piscina curta foi disputado em Sheffield, no norte da Inglaterra. Phelipe chegou com a experiência de quem também foi pioneiro ao disputar finais de campeonatos universitários no país. Aluno do curso de Liderança e Gerenciamento da Northumbria University, ele conseguiu se inscrever na competição de elite por ter justo o tempo mínimo exigido para o balizamento: 23s10.

Phelipe representou a Manchester Aquatic Swimming Team, equipe que defendeu entre 2013 e 2014, quando morou na Inglaterra. Pela manhã, terminou a fase classificatória em 12º lugar entre os 36 competidores com a marca de 23s11. Disputaria a final B à tarde, mas a desistência de outros atletas o realocou para a final A. Foi um pouco mais lento do que na bateria inicial e cravou 23s30. Um desempenho que o agradou.

- No geral achei que foi muito legal para início de temporada nadar para 0s01 do melhor tempo da vida. Queria estar nadando para 22s, perto do recorde mundial. Mas neste início de temporada não estou muito veloz ainda. Muito legal que mesmo na base estamos indo na direção certa. Dá um ânimo legal para as competições do ano que vem.

A relação de Phelipe com a Inglaterra vem de longa data. Ele namora desde 2011 a agora ex-nadadora Liz Johnson, campeã paralímpica em Pequim 2008. Fez intercâmbio para treinar no país logo após os Jogos de 2012 e, em 2013, começou a graduação. Depois de trancar o curso na reta final da preparação para a Rio 2016, agora faz matérias à distância e só viaja para provas e eventos específicos.

No esporte paralímpico, Phelipe compete na classe S10, para atletas com deficiências mínimas. Ele nasceu com o pé direito virado para trás e sofreu uma infecção no período de recuperação da cirurgia que faria o reposicionamento. Com isso, a força e o equilíbrio do lado direito são menores – hoje ele calça 40 no pé esquerdo e 34/35 no direito, por exemplo.

Phelipe não se deixou limitar e tornou-se atleta de alto rendimento. Compete contra atletas olímpicos em eventos como Troféu Maria Lenk, Troféu José Finkel e Campeonato Paulista. Entre os paralímpicos é o maior adversário do veterano Andre Brasil na classe S10 e agora busca a quarta Paralimpíada da carreira. Competir na Inglaterra neste momento foi mais uma das pequenas metas na trajetória rumo a Tóquio 2020.

- Apesar de ter nadado só 50m livre foi bem legal o resultado que tive. Acabei nadando na raia da ponta, e numa prova de 50 livre quem está no meio tem muita vantagem por causa da marola. Fui respirar na virada e acabei engolindo um pouco dágua, isso custou um pouco da performance. Tem que nadar bem na hora certa. Essa é a hora de errar e ajustar o que precisa ser ajustado. Estou super feliz. Vamos voltar para os treinos e visar o Mundial do ano que vem.

O Mundial Paralímpico será disputado de 29 de julho e 4 de agosto de 2019, na cidade de Kuching, na Malásia. Será a primeira edição do evento realizada na Ásia e deve reunir cerca de 600 atletas de 70 países. Logo depois, Phelipe espera disputar também os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, de 23 de agosto a 4 de setembro.



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