Cúpula do Fla justifica venda de Paquetá: ''Não somos donos dele\“

Spindel afirma que negociação em outubro dá tranquilidade.

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Oito dias após a venda de Lucas Paquetá se tornar pública, a cúpula do Flamengo realizou uma coletiva de imprensa na sede do clube. Com a presença do presidente Eduardo Bandeira de Mello, do vice de futebol, Ricardo Lomba, e do diretor geral, Bruno Spindel, a intenção da entrevista foi esclarecer a negociação do jovem com o Milan.

Logo no início, Bandeira pediu a palavra e ressaltou que a ideia era ''esclarecer tudo de nebuloso'', apesar do acordo de confidencialidade com o Milan. O presidente apontou o ambiente político em ebulição - em dezembro, o clube terá eleições - e viu questionamentos maliciosos sobre o caso. Lomba, que é candidato a presidente da situação, também se mostrou incomodado.

- É leviano pensar que qualquer um de nós tinha interesse de nos desfazermos de um jogador que está no clube desde 11 anos, identificado com a torcida. Ninguém fica feliz em perder um ídolo. Grandes clubes europeus nos procuram há algum tempo. Tentamos renovar, com reajuste e novo prazo. Mas temos que olhar as aspirações profissionais. Ele queria jogar na Europa, jogar Champions, em um futebol mais estruturado. Lá fora ele atua 45, 50 jogos no ano. Aqui, 85 jogos, o dobro, quase. Não somos donos do atleta. Temos contrato profissional - disse Ricardo Lomba.

Na semana passada, a oposição, que tem Rodolfo Landim como candidato, tratou a venda como “inacreditável”. As principais críticas são em relação o momento – uma vez que o Flamengo está na reta final do Brasileiro – e ao valor abaixo da multa rescisória de 50 milhões de Euros. O meia foi negociado por 35 milhões de Euros, mas o Flamengo receberá 24,5 milhões de Euros, em quatro parcelas.

Lomba, que em algumas entrevistas disse que o jogador só sairia pela multa, explicou que as declarações se referiam à janela do meio do ano, quando, na visão da diretoria do Flamengo, era chave a manutenção de Lucas Paquetá.

- Eu disse que a gente não perderia o Paquetá no meio do ano nessa janela se não fosse pelo valor da multa. Era importante não perder o jogador esse ano, justamente pelo assédio que vinha recebendo. Só sairia pelo valor da multa. Pagar o valor da multa não é negociação. O atleta manifesta seu interesse, paga pelo distrato e o jogador sai - disse o vice de futebol.

O dirigente, que é candidato à sucessão apoiado por Bandeira, defendeu a negociação:

- No ponto de vista financeiro, é uma transação muito boa para o Fla. Do ponto de vista econômica é uma excelente transação. A multa é uma proteção do clube, não se pode tomar como referência para transação. Mas chegamos o mais próximo possível, ficamos muito perto do valor da multa. E a maior parte do dinheiro fica para o próximo triênio - ressaltou Lomba.

Um dos responsáveis pela costura do negócio, Bruno Spindel deixou claro que todo o dinheiro da venda será investido no futebol do Flamengo. O diretor geral do Flamengo, sem entrar em detalhes, também garantiu que não houve comissionamento na venda de Paquetá.

- Temos certeza que teremos um Flamengo mais forte ainda no ano que vem. Todos os recursos da venda serão investidos no futebol. Vai nos ajudar ainda mais a brigar por títulos. Vamos fazer de tudo para que o Fla seja campeão de tudo. Preocupação era de que ele não saísse no meio do ano e tendo valor interessante e muito próximo da multa não prejudicasse ano esportivo de 2018 e nem 2019. O que seria prejudicar 2019? Seria sair com o calendário apertado da janela do início do ano. Com a negociação em outubro são três para fazer com tranquilidade a reposição do atleta. Tem tempo para planejar a reposição do elenco - afirmou Spindel.



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