Daniel Alves: Advogada de vítima cita 'justiça para ricos' e diz que vai recorrer

O único voto contrário foi de Luis Belestá, que argumentou que a prisão preventiva de Daniel Alves deveria continuar até a metade da pena (dois anos e três meses)

Justiça concede liberdade provisória a Daniel Alves | Jordi BORRAS / POOL / AFP
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Ester García, advogada da vítima no caso de Daniel Alves, expressou críticas à Justiça espanhola por aceitar o pedido de liberdade condicional apresentado pela defesa do jogador. Apesar de ter sido condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual, o lateral brasileiro, que estava em prisão preventiva há 14 meses, agora poderá sair condicionalmente, desde que cumpra as medidas estipuladas pela 21ª Seção do Tribunal de Justiça de Barcelona.

"Estou surpresa e indignada. Parece que a justiça está sendo aplicada de forma favorável aos ricos. Embora tenham dito que ele tem capacidade financeira limitada no momento, não tenho dúvidas de que ele conseguirá o dinheiro de onde estiver", declarou a advogada à "RAC 1", enfatizando que irá recorrer da decisão.

Valor milionário: No final de fevereiro, o jornal catalão "La Vanguardia" divulgou que Daniel Alves receberia 1,2 milhão de euros (aproximadamente R$ 6,5 milhões) do Ministério da Fazenda da Espanha. Esse valor resultava de uma disputa legal entre o jogador e o Fisco espanhol, relacionada à tributação dos serviços de intermediação do agente Joaquín Macanás durante a renovação de seu contrato com o Barcelona entre 2013 e 2014.

A decisão do tribunal, tomada por maioria de votos, determinou a libertação do lateral mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,45 milhões), a entrega de seus passaportes brasileiro e espanhol, o afastamento de 1 km e a proibição de contato com a vítima, além de não poder deixar a Espanha e se apresentar semanalmente ao tribunal. As partes têm três dias para recorrer dessa decisão.

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Sobre o caso: O tribunal explicou que a prisão preventiva deve ser "objetivamente necessária", considerando a possibilidade de outras medidas menos restritivas e a duração mínima indispensável para o processo. Sobre o risco de fuga, foi mencionado que as circunstâncias pessoais do réu foram consideradas para avaliar a necessidade de manutenção da prisão preventiva.

O único voto contrário foi de Luis Belestá, que argumentou que a prisão preventiva de Daniel Alves deveria continuar até a metade da pena (dois anos e três meses), pois os motivos que levaram à prisão preventiva foram confirmados e reforçados. Ele ressaltou que o tribunal, em três ocasiões anteriores, considerou que havia risco de fuga, e que todas as seções do tribunal ratificaram decisões de prorrogar a prisão preventiva para evitar esse risco, inclusive em casos com penas inferiores à imposta a Daniel Alves.



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