Noia vence Inter nos pênaltis, é campeão gaúcho e faz história

Novo Hamburgo vence o Inter por 3 a 1 nos pênaltis

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O Rio Grande é azul. Mas azul anil. Anilado. O Novo Hamburgo é dono da melhor campanha. O Novo Hamburgo liderou o Gauchão de ponta a ponta. O Novo Hamburgo quebrou até a hegemonia colorada de seis anos para faturar o título do Gauchão pela primeira vez em sua história. E até mesmo o desfecho faz jus à epopeia: triunfo nos pênaltis por 3 a 1, após um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar.

O Novo Hamburgo é campeão pela primeira vez em mais de 100 anos. E o enredo é digno de fábula. Um prato cheio aos românticos do futebol. Aliás. É digno de ficar eternizado, gravado bem nítido na história do Campeonato Gaúcho. Daqui a 30, 40 anos, o guri que frequentar o Estádio do Vale, ou qualquer que seja o palco anilado, ouvirá de seu pai sobre os guerreiros Matheus, Jardel, Preto e companhia. Ouvirá sobre o Novo Hamburgo que "quebrou o sistema" e "mudou as capas dos jornais", como disse o centroavante João Paulo. Para ficar na história.

Disputa de pênalti costuma ser sinônimo de sofrimento... Mas no caso do Novo Hamburgo, tudo vira festa, graças à falta de pontaria dos colorados. D'Alessandro e Cuesta mandaram no travessão. Nico parou em Matheus, ao passo que William descontou, com um gol de honra que pouco valeu. Pelo Anilado, João Paulo, Júlio Santos e Pablo, com o tento do título, garantiram a taça – Léo ainda desperdiçou. Mas pouco importa.

O Internacional passou longe de viver uma grande atuação neste domingo. Bem longe. Mas não faltou luta para buscar o empate, como o próprio gol do 1 a 1 pode atestar. Após cruzamento para a área, Brenner e Léo caíram no gramado. Os colorados tentavam completar para as redes, e os anilados tentavam afastar a qualquer custo, num bate e rebate ferrenho... Até Rodrigo Dourado, de pé esquerdo, chutar mascado, num golpe enviesado, mas suficiente para vencer Matheus.

No momento de maior necessidade, o Inter recorre a Danilo Fernandes.A estratégia é até manjada, mas se repetiu neste domingo. Em meio a uma sina de lesões com seus três goleiros, o Colorado mandou a campo seu titular, com apenas 30 dos 60 dias de recuperação de uma fratura no pé esquerdo completos. O arqueiro foi para o "sacrifício". E aí, nem mesmo quem é acostumado a milagres pode fazer muito. Debiltiado, o camisa 1 não conseguiu deixar o campo sem ser vazado e ainda sofreu ao ser obrigado a fazer algumas reposições. Tampouco pode ser culpado pelo azar de Ernando, no gol contra. De fato, teve atuação segura nas demais ações do jogo.

Danilo Fernandes ia a campo longe das condições ideais, às pressas, em meio à recuperação de uma fratura no pé esquerdo. O rival, dono da melhor campanha do Gauchão, tinha nos contra-ataques e nos cruzamentos suas armas letais. O cenário levou Antônio Carlos Zago a optar por Ernando, titular após 50 dias, para guarnecer sua lateral esquerda... Mas o tiro saiu pela culatra. E como. O defensor não só falhou ao impedir as investidas do Anilado, como anotou contra o gol do rival, aos 21, após cruzamento da esquerda. Foi substituído no intervalo.

 A equipe de Beto Campos se consolida como a mais importante da história do Novo Hamburgo. Sem espaço para dúvidas, com todos os méritos e mais um pouco, diga-se de passagem. O Anilado conquista o Gauchão pela primeira em mais de 100 anos desde sua fundação. Mas o feito deste domingo transcende os limites da instituição centenária. O Noia é o primeiro clube do interior a se consagrar campeão gaúcho desde 2000, quando o Caxias de Tite bateu o Grêmio na decisão. É o 17º vencedor diferente em 97 edições.



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