10 % dos assinantes da TV paga faz pirataria de canal premium com decoder HD no Brasil

10 % dos assinantes da TV paga faz pirataria de canal premium com decoder HD

Avalie a matéria:
A compra e a venda das caixas | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Ao menos 10% dos cerca de 17 milhões de assinantes da TV paga no Brasil em todas as modalidades usa um aparelho "decoder" pirata com o objetivo de ter acesso a mais canais do que paga em seu pacote com a operadora.

A constatação é da ABTA (Associação Brasileira de TVs por Assinatura). A "pirataria" se faz por meio de equipamentos que são instalados na casa dos assinantes, em conexões legalizadas.

Em outras palavras: o assinante paga, por exemplo, o pacote mais básico de qualquer operadora. Em seguida, compra na rua ou na internet um aparelho "decoder" que consegue romper a proteção e o sinal que ele recebe em sua casa. Instalado o aparelho por um "técnico" enviado pelo vendedor e "voilà"!

Como mágica, o assinante passa a ter acesso a todo o cardápio da operadora, por mais premium que seja: dos caros canais esportivos Premiere ao pacote HBO; dos mais fechados canais pornôs até os que exibem lutas de UFC mediante pagamento. E tudo isso pelo valor da assinatura básica.

"Nós calculamos que operadoras e canais tenham hoje no Brasil por volta de R$ 100 milhões em prejuízo com essa prática", diz Antonio Salles Neto, 60, vice-coordenador de antipirataria da ABTA.

"Estamos muito atentos e preocupados com a curva de assinantes que adquirem esses aparelhos. Ela está crescendo de forma veloz."

PIRATARIA ASIÁTICA

A compra e a venda das caixas "decoder" são proibidas no Brasil desde 2012. Muitas são projetadas na Coreia do Sul e montadas na China.

Elas foram importadas durante muito tempo sob a chancela de serem "decoders" para antenas parabólicas. Mas os técnicos da ABTA descobriram um desvio de finalidade para os aparelhos.

Apesar da proibição, vários estabelecimentos e comerciantes que ficam na rua Santa Ifigênia, região central de São Paulo, vendem o equipamento sem muitas perguntas e ainda indicam um técnico para fazer a instalação.

Salles calcula que haja entre 1,6 milhão e 2 milhões de caixas em operação no país.

"Se a curva da pirataria continuar no ritmo atual, em cinco anos metade das assinaturas já fará uso dela."

O custo desses aparelhos "piratas" caem vertiginosamente. Uma caixa AZbox "topo de linha", vendida por até R$ 899 há um ano e meio, hoje é comercializada por R$ 299.

Para Salles, a pirataria não é estimulada pelos altos preços dos serviços e pelo atendimento ao cliente. "A indústria passou, sim, por um mau momento, mas ela agora está em um nível ascendente, e os preços também estão melhores", afirma.

COMO FUNCIONA A PIRATARIA

Opção A:

1- Usuário vai a um centro de comércio pirata ou na internet e adquire um decoder (caixa) ilegal; é preciso ter uma conexão de Internet no local de instalação;

2- O vendedor da caixa envia um funcionário que instala o aparelho, conectando-o à Internet e à fonte de sinal de TV por assinatura usando "portas" diferentes

3- Pela porta conectada à Internet, a rede pirata fornece, graças a seu software próprio, a chave de abertura ilegal da programação. Por meio da rede de uma das operadoras de TV, o usuário recebe o sinal ilegal de qualquer canal que não faça parte do seu pacote. O usuário recebe o sinal de TV paga, mas fica online com uma rede privada de dados ilegal

Opção B:

Usuários que não têm acesso à Internet podem "piratear" com a modalidade de caixa conectada aos satélites por duas antenas. A primeira antena é apontada ao satélite de serviços de TV por assinatura e uma segunda antena - menor e dedicada a dados - é conectada a um satélite.

Esse caminho é usado alternativamente para fornecer as chaves de acesso extraídas pela rede pirata. Essa ação, porém, é mais fácil de ser descoberta e combatida. Operadoras do mundo já conseguem tirá-las do ar.

Opção C:

A caixa pirata usada exclusivamente no caso de TV a acabo similar à anterior, só que em vez de se conectar à antena de satélite, conecta-se na rede de cabo. Muitos usuários, para disfarçar, mantêm o pagamento de um pacote mínimo com acesso à Internet.

Opção D:

A caixa que desbloqueia HD funciona de forma similar, apenas recebendo a chave correspondente ao serviço.

Informações importantes. Todo usuário de decoder (decodificador) ilegal está conectado a uma rede legal e isso o expõe à Justiça e corre o risco de ser indiciado por associação para produzir danos a alguém; trata-se de um crime.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES