A vida e preferências de famosos escritores “A bebida entra a verdade sai ”

A BEBIDA ENTRA E A VERDADE SAI

Reunimos aqui uma lista de escritores e suas bebidas favoritas. Boa leitura e cheers! | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A BEBIDA ENTRA E A VERDADE SAI

publicado em artes e ideias por jéssica parizotto

Não há nada melhor que um dia de sol, nada mais para fazer além de um bom livro e algo para beber. Para inspirar você, reunimos aqui uma lista de escritores e suas bebidas favoritas. Boa leitura e cheers!

© Spencer Tracy com Ernest e Mary Hemingway em La Florida, Havana, Cuba (Wikicommons).

?Aquilo que não me mata, só me fortalece.? Essa é de um tal de Nietzsche, senhor de longos bigodes e longas ideias, mas outra bem poderia ser: ?A bebida entra e a verdade sai.? Máxima que virou justificativa para tudo: aquele vídeo que caiu no youtube, aquele telefonema que não deveria ter acontecido, SMS fora de hora e desabafos acalorados no Facebook. Bem, a tal frase não é de ninguém e é de todo mundo (em tempos de citações na internet, nada é de ninguém), mas há alguns autores que poderiam tê-la escrito com propriedade.

O estereótipo que liga escritores à bebida é bem formado na nossa memória há muito tempo. Ainda hoje é possível ver mães entrando em pânico quando o filho confessa, na mesa do almoço de domingo, que quer ser escritor. Imagens sórdidas passam como um filme mudo: solidão, quartos sujos de hotéis baratos, bebidas de qualidade duvidosa, companhias idem, sarjeta, prisão, sarjeta, fim.

Calma mães, não é bem assim! O uso excessivo de álcool é coisa séria, mas a nossa lista não. É só mais um pretexto para falarmos sobre nossos escritores favoritos e tomar um drink ?like a boss?.

Ernest Hemingway

Frase: "Algumas vezes um homem inteligente é forçado a ficar bêbado para passar um tempo com os burros."

Bebida: mojito

Hemingway era um bom bebedor, bebia de tudo um pouco, mas possuía um apreço especial por essa bebida que conheceu em Cuba. O mojito mais famoso é o do número 207 da Empedrado, em Havana Velha, endereço da conhecida La Bodeguita del Medio que teve como seu maior agente difusor o escritor americano, frequentador assíduo do estabelecimento. A bebida é indicada para aqueles dias quentes em que não há nada melhor do que ler um bom livro de Hemingway e se refrescar.

© Charles Bukowski (Flickr, Waltarrrrr).

Charles Bukowski

Frase: ?Se algo ruim acontece, você bebe em uma tentativa de esquecer, se algo de bom acontece, você bebe para celebrar, e se não acontecer nada, você bebe para fazer algo acontecer ".

Bukowski é considerado por muitos o bêbado-mor da classe escritora. Realmente ele bebia muito, e às vezes essa fama acaba ofuscando sua literatura. Ele era bastante melancólico em sua escrita - ao contrário do que muita gente pensa, não escrevia só sobre sexo e drogas. Então, naqueles dias mais difíceis, a receita está ai: cerveja, whisky e Bukowski.

© F. Scott Fitzgerald e Zelda Fitzgerald (Wikicommons, Kenneth Melvin Wright).

F. Scott Fitzgerald e Zelda Fitzgerald

Frase: ?Primeiro você toma uma bebida, depois a bebida toma uma bebida, depois a bebida toma você.?

Bebida: Gin Rickey

O drink é amargo, mas a vida era um doce para esse casal de pombinhos embriagados. Scott e Zelda eram um tipo muito especial de bêbados: eles gostavam de aprontar quando estavam ?altinhos?. Isso inclui tirar a roupa em festas e se banhar na fonte do Hotel Plaza, por exemplo. A bebida não era escolhida ao acaso, Fitzgerald acreditava que o gin não podia ser detectado no hálito, assim ninguém saberia que eles estavam embriagados. Mas, é claro que ninguém precisava conferir através do hálito se eles estavam bêbados ou não, as atitudes falavam por si só.

© Hunter Thompson (Flickr, Bampop).

Hunter S. Thompson

Frase: ?Eu odeio recomendar drogas, álcool, violência, ou insanidade para qualquer um, mas isso tudo sempre funcionou comigo.?

Bebida: Rum

Esse talvez seja o exemplo mais radical de escritor que bebia. Devido ao seu apreço pelo álcool ficou conhecido como o fundador do jornalismo gonzo, expressão que significa algo aproximado a ?o último homem em pé após uma maratona de bebedeira?. Seu livro mais conhecido tem uma história bastante curiosa: Thompson recebeu uma encomenda da revista Rolling Stone para fazer a cobertura jornalística de uma corrida no deserto, a Mint 400, mas todo o dinheiro que tinha para despesas de hospedagem e afins ele gastou com álcool e drogas. Além disso, quebrou todo o quarto do hotel em que ficou hospedado e fugiu sem pagar. A narrativa que era para ser a respeito da corrida se transformou no relato desses dias de entorpecimento e acabou sendo publicada com o título de ?Medo e delírio em Las Vegas?. Para quem quiser saber mais sobre o escritor indico o filme ?Diário de um Jornalista Bêbado?, baseado em um livro do autor. O filme conta com Johnny Depp no papel principal e com muitas, muitas doses de rum no enredo.

Para finalizar, não podia deixar de mencionar um brasileiro.

© Xico Sá (Flickr, Colmeia).

Xico Sá

Frase: ?Bebo para cacete e escrevo socialmente.?

Bebida: Vinho de Jurubeba

Ninguém tem uma visão mais peculiar sobre o universo masculino do que Xico Sá. Sempre atento ao que ele chama de ?modos de macho, modinhas de fêmea e outros chabadabadás?, suas crônicas são um deleite para quem tem bom humor e reconhece que o espírito brasileiro é feito dessa malemolência toda. Atuando quase como um conselheiro sentimental, a bebida não poderia ser outra: jurubeba. Amarga que é o cão, mas eficiente! Nas palavras do próprio Xico: ?Saúde! Porque se os outros vinhos ajudam o coração, o jurubeba é reconhecido na medicina popular como um fortificante da cintura para baixo. Afrodisíaco no último.?

Façamos, então, um brinde à boa literatura! Tim-Tim!



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES