Aeroporto de Guarulhos tem atrasos pelo 4º dia seguido

Neste domingo (16), do total de 315 voos previstos entre 0h e 13h

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Pelo quarto dia seguido foram registrados atrasos nos voos que chegam ou saem do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Passageiros estão usando as redes sociais na internet para reclamar de filas para liberar as bagagens.

Neste domingo (16), do total de 315 voos previstos entre 0h e 13h, 49 ou 15,5% deles atrasaram em Cumbica, segundo informou a concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto.

Até as 13h estavam previstas 158 chegadas e 157 partidas em Cumbica. Segundo a GRU Airport, 16 voos atrasaram na chegada, 33 tiveram atrasos na partida, e nenhum voo foi cancelado.

Na quarta-feira (12), a concessionária que administra o terminal anunciou a adoção de pousos e decolagens simultâneos para agilizar o embarque, mas atribuiu os atrasos que começaram na quinta-feira (13) às chuvas. Os reflexos se estenderam na sexta-feira (14), no sábado (15) e permanecem até esta manhã de domingo como "efeito cascata".

Por conta da série de atrasos, as empresas aéreas informaram durante a semana ter acionado seus planos de contingência, realizando o replanejamento da malha aérea no terminal. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também informou que está monitorando esses ajustes.

Na quinta-feira, passageiros de três voos atrasados protestaram no saguão de embarque de Cumbica. A GRU Aiport informou que aqueles atrasos ocorreram por conta do mau tempo.

Na sexta-feira, o aeroporto amanheceu novamente com filas, atrasos e cancelamentos. A confusão não afetou apenas os voos com origem em São Paulo. Passageiros que decolaram em Madrid, na Espanha, perderam quase dois dias inteiros de viagem porque a aeronave não conseguia pousar em Guarulhos para uma escala.

A concessionária publicou uma nota em que atribuiu os atrasos e cancelamentos em decorrência das “chuvas”.

No sábado, passageiros em Cumbica enfrentam filas, atrasos e cancelamentos de voos pelo terceiro dia consecutivo.

A GRU Airport informou ainda que “a regularização completa das operações depende das empresas aéreas, não sendo possível à concessionária estimar quando a malha aérea será integralmente regularizada”.

Para os passageiros com embarque previsto, o Aeroporto de Guarulhos recomenda antecedência na chegada por conta da grande demanda, além de confirmar junto a empresa aérea o status do seu voo afim de evitar maiores transtornos.

Mau tempo

Nos posicionamentos enviados à imprensa, as empresas aéreas Gol e Latam afirmaram que os atrasos foram motivados pela chuva forte que caiu sobre São Paulo na quinta-feira.

Meteorologistas ouvidos pela TV Globo apontam, no entanto, que o tempo não estava fechado quando os problemas se agravaram. Os radares mediram 36 milímetros de chuva e ventos de até 81km/h, em Guarulhos, entre as 15h e as 18h de quinta.

Na manhã de sexta, segundo os especialistas, não havia nebulosidade, chuva ou nevoeiro no céu da região – condições que, geralmente, afetam a visibilidade dos pilotos e alteram as condições de voo.

Neste domingo, a LATAM informou que busca regularizar as suas operações. "A companhia está atuando para regularizar algumas operações que estão com atrasos, devido a todas as reprogramações que foram necessárias", informa a empresa por meio de nota.

"Passageiros da LATAM com partidas, chegadas ou conexões domésticas programadas para até as 23h59 de segunda-feira (17) em São Paulo/Guarulhos podem alterar seus voos ou solicitar reembolso do bilhete sem a cobrança de taxa de remarcação e das diferenças tarifárias da passagem para nova data, sem multas, de acordo com a disponibilidade."

A Latam também informou que colocou a disposição boeings internacionais 777, com capacidade para 379 passageiros cada, para tentar regularizar a situação.

Nova operação

Na última quarta, o aeroporto de Cumbica anunciou um novo regime de operação, com pousos e decolagens simultâneas. O procedimento, chamado de Agile GRU, permite que aeronave decole de uma pista enquanto outra estiver pousando, desde que a pista esteja em "condição visual" – ou seja, sem revés climático.

Questionada se a operação causou impacto positivo ou negativo nos pousos e decolagens, a GRU respondeu em nota que “o procedimento é feito em condições meteorológicas favoráveis, com impacto positivo para a operação do Aeroporto” e que “em situações de visibilidade reduzida, como é o caso de chuva forte, não é possível fazer o procedimento de pouso e decolagem simultânea”.



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