Argentina só decretará morte de tripulantes com foto de submarino

28 navios, nove aeronaves e 4 mil pessoas participaram da operação

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A Argentina somente decretará a morte dos 44 tripulantes após ter ao menos uma foto do submarino desaparecido, informaram fontes do governo ao jornal "Clarín". O ministro de Defesa, Oscar Aguad, se reuniu com o chefe da Marinha, o almirante Marcelo Srur, e decidiu encerrar a tentativa de resgates dos marinheiros e passar à fase de buscas da embarcação, após 15 dias do início da mobilização internacional à procura do ARA San Juan. Comovido, o presidente Mauricio Macri decidiu suspender sua primeira atividade do dia e avalia emitir uma mensagem sobre a nova fase da busca, segundo a agência oficial de notícias Telam.

— Só decretaremos a morte dos tripulantes quando tivermos uma prova confiável, ao menos uma foto do submarino afundado — responderam as fontes ao serem questionadas se a mudança de fase levaria à decretação da morte dos tripulantes e à ordenação de luto nacional.

Segundo o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, apesar de não ser possível afirmar que os 44 morreram e que não há evidência alguma do naufrágio nas áreas exploradas, já transcorreu o dobro do tempo estimado para se encontrar alguém com vida. Em entrevista coletiva, Balbi lamentou que apesar da magnitude dos esforços realizados, não foi possível localizar o submarino. Ao ser perguntado se os 44 tripulantes estão mortos, Balbi respondeu que não poderia ser categórico sobre qualquer afirmação.

A decisão da Marinha e do Ministério de Defesa também golpeou os ânimos do porto de Comodoro Rivadavia, base de operações do operativo de resgate dos 44 tripulantes desde o dia 20 de novembro. Do local, zarparam seis navios com equipamentos que permitiram salvar os marinheiros caso fossem encontrados com vida. Um deles, o cargueiro petroleiro norueguês Sophie Siem foi modificado rapidamente para poder operar um minissubmarino da Marinha americana que resgataria os tripulantes.

No total, 28 navios, nove aeronaves e 4 mil pessoas participaram das operações de busca nos últimos 15 dias, que contaram com o apoio de 18 países, segundo o comunicado da Marinha. Sem contato com o submarino, foram vasculhadas 557 milhas náuticas quadradas de exploração visual e 1.049.479 milhas náuticas quadradas de exploração por radar ao longo de duas semanas.

Para auxiliar nas operações de busca, a Marinha dos Estados Unidos anunciou o envio de um novo veículo de rastreamento por controle remoto, o CURV-21. O submarino é capaz de descer até 20 mil pés (6.096 metros) e está equipado com um sonar e uma câmera de alta resolução.



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