Bactéria mantém metabolismo funcionando por 600 mil anos

Bactéria mantém metabolismo funcionando por 600 mil anos

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Trabalho publicado na edi??o online desta segunda-feira da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) indica que bact?rias podem manter um metabolismo ativo mesmo em permafrost - solo congelado - por at? 600 mil anos.

Segundo os autores do trabalho, a descoberta pode ajudar a entender o processo de envelhecimento celular, e sugerir a novas estrat?gias para a busca de vida em regi?es congeladas do Sistema Solar, como os p?los de Marte ou Europa, uma das luas de J?piter.

O trabalho, encabe?ado por Sarah Stewart Johnson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), teve como base amostras de material congelado retiradas do Canad?, Sib?ria e Ant?rtida.

Segundo o artigo publicado na PNAS, o objetivo era determinar qual o mecanismo que permite ?s bact?rias sobreviver milhares de anos em um estado de aparente dorm?ncia, em gelo, ?mbar e rocha.

A equipe de Stewart argumenta que a simples dorm?ncia, na qual toda a atividade metab?lica ? suspensa, n?o poderia explicar a sobreviv?ncia das bact?rias por v?rios milhares de anos, j? que n?o haveria um mecanismo para corrigir danos acumulados, ao longo do tempo, no DNA do microorganismo.

Para que esses danos possam ser corrigidos, dizem os autores do trabalho, ? preciso que um m?nimo de metabolismo se mantenha, sustentando o processo de reparo.

A fim de descobrir se as bact?rias mantinham um metabolismo ativo mesmo presas no gelo, os pesquisadores incubaram amostras por nove meses a -10? C, num ambiente livre de g?s carb?nico.

O experimento revelou uma produ??o constante do g?s, que de acordo com os autores do trabalho ? melhor explicada pela atividade biol?gica das bact?rias - amostras de controle, sem solo congelado, n?o produziram CO2 nenhum. Segundo um co-autor do trabalho, Eske Willerslev, as bact?rias sobreviveram absorvendo nutrientes do permafrost.

As amostras que geraram CO2 foram datadas de 25.000 e de 400.000 a 600.000 anos atr?s. A amostra mais antiga, de mais de 740.000 anos, n?o produziu o g?s.

As amostras que liberaram CO2 foram as mesmas que, descongeladas, testaram positivo para a presen?a de DNA vi?vel, o que sugere reparos constantes do c?digo gen?tico.



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