Candidatos com deficiência pedem cotas no Sisu do Piauí

Uma lei que reservava 10% das vagas na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) para esse tipo de candidato, no entanto foi rejeitada

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As discussões em torno das cotas para pessoas com deficiência em universidades públicas de alguns estados, através do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), já iniciaram, há algum tempo. No Piauí, essa questão também já está sendo levantada. Uma lei que reservava 10% das vagas na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) para esse tipo de candidato, no entanto foi rejeitada, em novembro do ano passado, mas os estudantes com necessidades especiais já cobram esse tipo de cotas.

Maria de Fátima Oliveira da Anunciação é cadeirante e concorre a uma das vagas do curso de Serviço Social e de Administração da Universidade Federal do Piauí (UFPI), mas afirma que teria mais chances se houvesse cotas para pessoas com deficiência. ?Assim como as instituições públicas oferecem cota para pessoas com deficiência, nos editais de concurso público, as universidades públicas também deveriam oferecer, nos seus editais?, disse.

O pró-reitor de Ensino e Graduação da UESPI, Francisco Soares Santos, afirma que, em novembro, recebeu o projeto de lei de autoria da deputada estadual Rejane Dias, que previa que a Uespi ofertasse 10% de suas vagas a pessoas com deficiência. Ele, no entanto, afirma que teve que pedir o veto total ao projeto, pois a universidade não possui condições de receber esses alunos.

?A lei foi aprovada na Alepi e foi levada para sanção ou veto do governador Wilson Martins. Ele nos apresentou o projeto e pediu nossa opinião antes de decidir, mas nós fomos obrigados a pedir o veto, pois a Uespi não tem condições hoje de receber alunos com alguns tipos de deficiência. A lei era muito abrangente e abarcava deficiência de vários tipos?, afirmou.

Hoje a Uespi oferece 30% de suas vagas para alunos de escolas públicas. Já a Universidade Federal do Piauí oferta 25% para esse mesmo público.

As políticas de ações afirmativas das universidades e institutos federais que ofertam vagas para o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) neste ano já superam o piso de reserva de vagas definido por lei, a exemplo da Uespi. Para este ano, a legislação estabelece que 25% das vagas ofertadas pelas instituições sejam destinadas a alunos do ensino público. Até 2016, a meta é de 50% das vagas.



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