Carnaval: A cada quatro minutos, uma mulher foi agredida no Rio

Muitas vítimas ainda não denunciam os casos

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Mesmo com todas as campanhas públicas que criticam o uso da violência e condenam qualquer tipo de assédio às mulheres durante o carnaval, nem toda a folia foi de alegria. Segundo um balanço divulgado nesta quarta-feira (1º), mais de 2 mil vezes, desde o início do feriado, agentes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro foram deslocados para atender a ocorrências de agressão a mulheres.

De acordo com os números divulgados, 14% dos quase 20 mil chamados registrados pela PM fluminense se referem a casos de violência contra mulheres. 

Os dados se referem ao período entre as 8h da última sexta-feira (24) até as 8h desta quarta. No total, a polícia atendeu a 15.943 solicitações feitas para o telefone 190, das quais 2.154 diziam respeito a violência contra a mulher. Isso significa que, a cada quatro minutos, uma mulher foi agredida no Rio.

Das demais ocorrências, 1.923 estavam relacionadas à perturbação do sossego (12% do total). Ou seja, a agressão "ganhou" da festa demasiada.

No mesmo período, os policiais militares prenderam 226 pessoas, das quais 18 tinham mandados de prisão em aberto.  Outros 72 menores de idade foram apreendidos. Foram apreendidas também 69 armas e grande quantidade de drogas, a maior parte maconha e cocaína, embora a corporação tenha registrado apreensões também de loló, ecstasy e haxixe.

A Polícia Militar fez 11.937 mobilizações de efetivo em todo o estado para a Operação Carnaval 2017, além do policiamento normal nas ruas.

Brasil é um dos mais violentos

Embora já seja um problema grave no Brasil, no carnaval, a violência contra a mulher aumenta. Por conta disso, a Divisão Policial de Atendimento à Mulher (DPAM), realiza anualmente neste período campanhas para conscientizar as mulheres, vítimas, sobre a importância da denúncia.

Isso porque, com medo, muitas vítimas ainda não denunciam os casos. Com isso, é possível concluir que o problema é ainda mais grave.

Em 2015, o Brasil foi classificado como o 5º país com maior taxa de homicídio de mulheres em todo o mundo. O desmérito foi obtido por meio do Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio do escritório no Brasil da ONU Mulheres, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.



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