Comissão do Estupro Coletivo debate esta modalidade criminosa no PI

Visita teve primeiro feito: prisão de cinco acusados em Sigefredo.

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A visita da Comissão do Estupro Coletivo ao Piauí teve seu primeiro efeito: a prisão de quatro dos cinco suspeitos de participação no estupro coletivo na cidade de Sigefredo Pacheco, apresentados na noite desta quinta-feira (16), dia da visita dos deputados federais ao estado.

Este é o quarto estupro coletivo no intervalo de um ano, os outros casos foram em Castelo do Piauí, Bom Jesus e Pajeú. Segundo o proponente da diligência ao Piauí, deputado federal Silas Freire(PR-PI) este combate deve ser feito em conjunto, com a participação de todas as instituições, como aconteceu no encontro, que foi a portas fechadas por conta de um tumulto causado por grupo de manifestantes contra o governo Temer, " A ida do parlamento nacional ao Piauí com esses acontecimentos extremos em menos de um ano é justamente para intimidar aquilo que pode virar uma cultura de estupro’’, declarou .

A Comissão ouviu a autoridades da segurança e do judiciário sobre o protocolo apresentado pela segurança pública do Piauí no atendimento às vítimas e o compromisso de implementá-lo nos casos de estupro, especialmente no tocante às vítimas serem atendidas por mulheres e ainda a qualificação destes profissionais e ficou definido que o debate continuará em Brasília com a presença de promotores, juízes e delegados dos casos citados.

"O Piauí está numa página decisiva no combate ao estupro coletivo, nossa Comissão tem por finalidade elaborar leis e políticas públicas em caráter de urgência para combater esta prática criminosa terrível e são muitas as propostas, como a minha de que jovens de até 15 anos tenham autorização para comprar spray de pimenta para se defender, há ainda uma parte da Comissão favorável a castração química. Dentro de um mês vamos dar uma resposta à sociedade sobre nossas atividades." complementou Silas Freire.

Já a coordenadora da comissão, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) destacou que a visita ao Piauí foi a mais preprositiva de todas as reuniões da comissão, haja vista que ações concretas estão sendo estudadas pelas autoridades estaduais, como o Plantão Geral de Gênero que vai funcionar junto com o grupamento de atendimento à mulher vítima de violência e ainda o resgate da Rede de Proteção a mulher, do judiciário, bem como o monitoramento das substâncias que possam ser utilizadas para dopar as jovens.

Estupros no Piauí

São casos estarrecedores e em sequência.

O primeiro deles em Castelo do Piauí em Maio de 2015, que resultou na morte de uma das vítimas que, junto com outras três moças, foram estupradas, espancadas e jogadas de um morro por quatro menores e um maior de idade.

Em maio de 2016, no município de Bom Jesus, uma vítima de 17 anos foi encontrada em uma obra abandonada, amarrada e amordaçada com a própria calcinha. Ela chegou a contar que foi conduzida ao local e violentada pelos cinco suspeitos.

E uma garota de 14 anos foi vítima de um estupro coletivo na cidade de Pajeú do Piauí, distante 460 km de Teresina, no Sul do estado. De acordo com a polícia, quatro pessoas são suspeitas de participação no crime, entre elas, três adolescentes. O crime ocorreu em um ginásio poliesportivo e, segundo a polícia, a menina foi encontrada desacordada.

O caso de Sigefredo Pacheco , que resultou na prisão desta quinta, aconteceu durante os festejos da cidade no início do mês, quando a garota de 21 anos, teria encontrado com amigos que lhe ofereceram bebida. O grupo gravou a garota desacordada em um carro exibindo suas partes íntimas, chegando a tocá-las enquanto riem e debocham da situação. As imagens acabaram circulando na cidade através de redes sociais.

Durante o recambiamento para a capital, os suspeitos teriam contado detalhes do ocorrido aos policiais, alegando ainda que não tinham ideia do crime, apesar de terem dito em tom de deboche durante a filmagem do crime que corriam o risco de serem presos. Um dos acusados já teria envolvimento em outro estupro de vulnerável.



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