Carnes sobem 5% e pressionam inflação oficial

Os preços do grupo alimentação e bebidas subiram 1,08% em setembro

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,45% em setembro, com alta significativa ante a taxa de agosto (0,04%) puxado principalmente pela alta dos preços em alimentos com destaque para a carne, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O indicador é utilizado nas metas oficiais de inflação do governo brasileiro.

"O item carnes, com variação de 5,09%, ficou com a maior contribuição individual do mês, 0,11 ponto percentual. Dentre os demais produtos que mostraram aumento de preços no mês, estão, por exemplo, o açúcar cristal (5,66%), o óleo de soja (5,47%), as frutas (3,98%), a farinha de trigo (3,61%) e o frango (3,11%)", afirmou o instituto em nota. Na outra ponta, cebola (-24,55%), batata inglesa (-9,92%) e tomate (-4,53%) tiveram reduções de preço.

"É uma inflação causada por questões climáticas com repercussão no mercado interno brasileiro", disse a jornalistas a economista do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

"O problema da Rússia e da commodities já vinha ocorrendo e chegou ao consumidor em setembro", acrescentou ela ao se referir à quebra na safra de trigo na Rússia, um dos maiores produtores mundiais do grão.

Os preços do grupo alimentação e bebidas subiram 1,08% em setembro, contribuindo com 0,24 ponto percentual para o IPCA do mês.

A inflação está acima do verificado no ano passado em todas as comparações. No acumulado do ano, o IPCA apresenta alta de 3,6%, ante 3,21% no mesmo período de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o índice marca 4,70%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (4,49%). Em setembro do ano passado, o índice havia sido de 0,24%.

Segundo cálculos de economistas, a média dos três núcleos do IPCA teve aumento de 0,40% em setembro, ante 0,21% em agosto. Outros grupos que contribuíram para a aceleração da inflação foi Habitação, com aumento de 0,40% em setembro ante 0,23% em agosto, e Vestuário, com alta de 0,45% ante 0,17% antes.



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