Comércio aposta em novas medidas para alavancar vendas em Teresina

Em uma loja de móveis e eletrodomésticos a movimentação natalina foi aquém do que se esperava para o ano de 2013

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O bairro Dirceu II é conhecido por ter uma área comercial extensa, com várias opções de compras, principalmente nas avenidas Joaquim Nelson e José Francisco de Almeida Neto. Entretanto, a movimentação de vendas relacionadas ao fim de 2013 e ao começo do ano frustrou alguns comerciantes de variados segmentos, que agora apostam em estratégias e saídas para compensar o fraco desempenho.

Em uma loja de móveis e eletrodomésticos a movimentação natalina foi aquém do que se esperava para o ano de 2013. O gerente da loja, Raimundo Quirino, disse que o crescimento nas vendas ficou em torno de 2% referente ao ano anterior. Com o objetivo de driblar a crise, a liquidação de ano-novo, conhecida como ?saldão?, ofereceu promoções exclusivas e grandes descontos para estimular a movimentação do estoque que sobrou do Natal.

?O saldão de ano-novo é uma tradição da nossa loja para oferecer descontos grandes naqueles itens que têm pouca saída durante o Natal, que são os móveis. Em dezembro, os campeões de venda são sempre os eletrônicos e outros produtos acabam ficando estocados?, explica o gerente.

Entretanto, apesar do bom desempenho da primeira promoção do ano, o gerente garante que a clientela que busca comprar móveis e eletrodomésticos para casa não deixa de comprar no Natal esperando as típicas promoções de ano-novo. ?Embora os preços sejam bem mais atrativos, a maioria prefere comprar no Natal por ser uma tradição difícil de ser abandonada?, acrescenta.

Contudo, a cliente Paula Medeiros é uma das que preferem renovar a casa no ano-novo, aproveitando as grandes promoções. ?Acho que vale a pena esperar por essas ofertas. Economizar é mais importante?, conta ela enquanto negocia uma mesa de jantar.

Apesar das ofertas, ainda há pessoas querendo poupar ainda mais. É o caso de Fátima Gomes, que não comprou no Natal esperando as ofertas de janeiro e ainda não conseguiu encontrar o preço ideal. ?Ainda está tudo muito caro, estou aguardando todas as ofertas possíveis, acompanhando as propagandas e agendando as datas de liquidação das lojas. Em dezembro comprei o essencialmente necessário?.

Retranca: Volta às aulas aquece as vendas .

Em uma loja de bolsas recentemente inaugurada no Dirceu II, as vendas de mochilas escolares têm sido a principal atividade da loja. A gerente, Mara Castro Zacarias, afirma que o segmento tem revelado bom desempenho, pois além de ser uma boa opção de presente, a volta às aulas aumenta a demanda.

? Encontramos uma facilidade em inaugurar nesta época, porque além de chegarmos em um momento propício para o comércio do Grande Dirceu, sempre trabalhamos com preços promocionais durante todo o ano. Além disso, preferimos receber pagamentos com cartão de crédito, por isso oferecemos preços e incentivos para quem deseja comprar com cartões com muita tranquilidade?, disse a gerente da loja.

Para atrair clientes, lojas abrem aos domingos

Abrir em dias e horários alternativos é uma das estratégias da loja de variedades para aplacar a crises do Natal de 2013. Mesmo pertencendo a um dos setores que mais faturam em dezembro, com utilidades domésticas, enfeites natalinos e presentes, o gerente da maior loja do bairro no segmento, Sérgio Roberto Pacífico, contabilizou queda nas vendas de até 15% em relação ao ano de 2012. Uma das estratégias para compensar a queda no faturamento foi abrir também aos domingos.

?Desde novembro do ano passado começamos a experimentar abrir aos domingos até meio-dia aproveitando a movimentação atraída pelo mercado do Dirceu II. Esse dia da semana tem sido muito promissor, diria até um dos melhores da semana, o que diferencia o bairro do centro da cidade?, disse Pacífico.

O proprietário de uma loja de confecções, Francisco das Chagas Lages, disse que a greve dos bancários ainda no mês de outubro de 2013 foi suficiente para desencadear uma crise no comércio local até o mês de dezembro. ?Muitos comerciantes fecharam as portas no período, não conseguiram resistir, o que acabou gerando uma crise por aqui.

Mas independente disso, é típico que o movimento já comece em novembro, mas desta vez os fregueses deixaram para comprar nas vésperas de Natal e ano-novo?, disse o comerciante.

Ainda surpreso com a queda de 25% no faturamento de sua loja, Francisco Lages acrescenta que ainda há uma esperança na recuperação das vendas para o Carnaval. ?É sempre uma boa época para a confecção?, ressalta o comerciante.



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