Empresários investem nos minimercados em condomínios

O minimercado funciona de forma simples através do autoatendimento, onde o cliente escolhe o produto, registra no leitor, paga e leva

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A pandemia da Covid-19 desestabilizou a economia mundial e, consequentemente, levou negócios a terem várias dificuldades de manter sua renda e de seus funcionários. Os comércios foram um dos setores mais afetados, e o isolamento social ocasionou restrições no ato das compras.

Contudo, para reaver os lucros perdidos no período, empreendedores buscaram inovar e trazer opções de mercado para perto dos clientes. A criação dos minimercados em condomínios residenciais possibilitou aliar o conforto do lar com o poder de compra de materiais básicos do dia a dia.

Novidade no mercado, o empreendimento funciona de forma simples através do serviço de autoatendimento, onde o cliente escolhe o produto, registra no leitor, paga e leva. A tecnologia, juntamente com o processo de planejamento, expandiu o segmento para diversos condomínios em Teresina e Timon.

Débora Oliveira e Wolnei estão afrente dos minimercados em condomínios. (Foto: Divulgação)

A empresária Débora Oliveira, ao lado do marido, Wolney Aguiar, desenvolveram sua própria marca no setor durante a pandemia, em 2021, e já contam com 20 minimercados em pleno funcionamento. O casal já possuía outro negócio, mas se sentia insatisfeito e resolveu investir e incluir esse novo modelo para o público local.

“Vi uma reportagem sobre esse tipo de negócio que estava começando em São Paulo, e começamos a pesquisar sobre a ideia e como funcionava. Procuramos estudar a tecnologia que era necessária e criamos o interesse. Casou com muitos desejos nossos e desenvolvemos nossa própria marca”, explica Débora.

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Praticidade ao alcance dos clientes

A fim de montar a rede de minimercados, o investimento inicial foi cerca de R$ 50.000 para implantação sistêmica, onde inclui licença e liberação da tecnologia já existente no mercado para os usuários. Segundo a pioneira no segmento, incluiu, ainda, o custo de criação de marketing, cerca de R$ 5.000, e o custo fixo de abertura por loja.

Para a instalação das lojas é necessário que os síndicos dos condomínios avaliem a proposta dos empresários, levem-nas ao conhecimento dos moradores sobre questão de custos e formas de pagamento e, assim, por meio de votação, tomem a decisão para a implantação.

Cliente escolhe o produto, passa no códico de barras, paga e leva. (Foto: Divulgação)

“Depois de decidido, partimos para a parte contratual, com assinatura de contrato de prestação de serviço e após para a instalação física, que demora cerca de 40 a 50 dias, dependendo do tipo de loja e o que já apresenta no condomínio em questão de estrutura”, acrescenta a gestora.

Os pequenos comércios contam com produtos que vão desde alimentos à produtos de limpeza, onde a proximidade com o local de compra atesta a praticidade do serviço. Cada loja conta com diversos fornecedores locais, fomentando o empreendimento dessas pessoas e, de acordo com a Débora, a reposição varia dependendo do fluxo constante de compra em cada condomínio.

“Temos uma equipe de reposição própria, um Centro de Distribuição (CD) onde funciona o estoque das nossas mercadorias. Fazemos compras com os fornecedores e recebemos tudo lá. É organizado todo estoque e o abastecimento das lojas saem do nosso CD. A recorrência do abastecimento depende do tipo de loja. Algumas fazem reposição dia sim, dia não, outras sustentam de dois a três dias”, explicou.

Com relação aos preços ofertados nos pequenos comércios, há uma margem e percentual estabelecido pela empresa na qual, levando em conta os preços de venda pelos fornecedores, oferece preços justos com pesquisa de mercado. “Se o mercado, como um todo, tiver uma alta em algum produto específico, vou ter que repassar esse aumento, pois a margem da empresa já está definida e cada categoria tem um percentual onde a gente definiu baseado no custo da logística, no custo fixo de cada loja, baseado no retorno que precisamos de cada produto”, definiu.

Preços acessíveis

A empresária ainda completa. “Se compramos mais barato, vamos vender mais barato, e isso faz com que o cliente sinta essa transparência. Conseguimos por preços bem acessíveis, são preços equiparados a mercadinhos de bairro.” Como o serviço não dispõe de atendentes, os locais possuem todo um plano de segurança, tendo o negócio baseado em honest market, que além da confiança, o ambiente apresenta uma triagem de acesso pelas normas do próprio condomínio. A empresa ainda conta com uma equipe de controle e prevenção de perdas, os quais identificam qualquer irregularidade.

Para evitar a situação de venda de bebidas para menores de 18 anos, os minimercados seguem aliando padrões de segurança, com travas nas geladeiras que identificam, por meio de cadastro, o ato da compra. Em resumo, o empreendimento se valida de equipes entre segurança, manutenção de danos, até a parte administrativa de tratativas direto com o cliente.

Débora e Wolney apostaram no negócio em condomínios. (Foto: Divultação)

Lidiane Soares, síndica de condomínios na capital, solicitou a implementação do minimercado recentemente e já pôde confirmar as melhorias de forma geral. “Os minimercados trazem dois principais benefícios que considero importante: comodidade e segurança”, comemora.

E completa: “Ainda tem o benefício do retorno financeiro ao condomínio, através do cashback da porcentagem sobre às vendas. Esse retorno pode ser utilizado nas necessidades do condomínio entrando como um ‘plus’ para as receitas”, relatou.

O companheiro e sócio-fundador de Débora, Wolney Aguiar, informa que os pequenos mercados entregam aos condôminos a comodidade que está sendo explorada cada vez mais nos empreendimentos dessa área. “Os benefícios são vários, desde a praticidade de você está a alguns passos de casa e poder oferecer alguns produtos que são de necessidade básica e diária, até a questão do conforto, e possuir várias opções dentro do seu próprio condomínio. Conseguimos aliar conforto, praticidade com uma variedade de mercadorias”, concluiu.



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