Exportações crescem 104% em relação ao ano de 2014 no Piauí

Os dados da balança comercial são do Ministério do Desenvolvimento

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Apesar de o Brasil sofrer retração de 14,7% no mercado de exportação nos últimos seis meses, o Piauí segue na contramão da estatística e dispara no ranking nacional do comércio exterior. As exportações de produtos piauienses para outros países cresceram 104,9% em relação do mesmo período de 2014 e atingiu US$ 168.510.436.

Os dados da balança comercial são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O levantamento consagra o Piauí como a segunda unidade da federação que mais avançou em termos de crescimento no número de exportações para o mercado internacional.

Segundo o Ministério, o comportamento dos estados brasileiros no cenário das vendas ficou: Acre (150,9%), Piauí (104,9%), Rio Grande do Norte (36,9%), Maranhão (36,1%) e Tocantins (30,2%).

De acordo com o levantamento, os grãos de soja, as ceras vegetais, o mel, algodão, a pilocarpina, quartzitos e outros minerais foram os principais produtos responsáveis pelo crescimento das exportações no estado piauiense.

Entre os estados brasileiros que tiveram decréscimos nas vendas de produtos para o exterior estão: Ceará (-35,0%, para US$ 569,9 mi), Bahia (-18,6%, para US$ 4,3 bi), Pernambuco (-17,9%, para US$ 473,8 mi), Paraíba (-16,6%, para US$ 83,2 mi), Alagoas (-16,4%, para US$ 350,3 mi) e Sergipe (-15,1%, para US$ 40,1 mi).

Soja lidera exportações do Piauí

A Fundação CEPRO traçou o boletim da Conjuntura Econômica Semestral do Piauí e justificou o aumento do dólar pelo aumento no número de exportações.

Representando 248,4% dos produtos vendidos, os grãos de soja lideram o ranking das importações no Estado. Os quartzitos e outros minerais representam 53,9%, o mel 7,9% e a ceras vegetais 3,8%.

“Os produtores aproveitaram a mudança no câmbio e retiraram a venda que comumente era para o mercado interno e repassaram para o mercado externo, onde o dólar favoreceu a lucratividade. Em contrapartida tornou-se mais custoso à importação de produtos”, esclarece o economista e presidente da Fundação CEPRO, Cézar Fortes.

O economista e gerente de Pesquisa da Fundação CEPRO, responsável pela elaboração do boletim da Conjuntura Econômica, Manuel Moedas, considera o crescimento do Piauí positivo e afirma que a expectativa para o próximo semestre é animadora. “Até o final do ano, o valor das exportações deve dobrar e alcançar uma média de 300 milhões de dólares”, prevê Manoel.

O boletim da Conjuntura Econômica Semestral do Piauí é realizado há décadas pela Fundação CEPRO. O estudo busca acompanhar e avaliar o desempenho dos principais indicadores da economia piauiense obtidos em âmbito local, regional e nacional, tendo como fonte de consulta as estatísticas públicas oficiais e de entidades representativas de classe.

Ásia é principal destino - O levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostrou que os países do continente asiático são os maiores importadores dos produtos piauienses, inclusive havendo um crescimento no último ano.

Em 2014, a Ásia correspondia a 39,09% da participação quanto ao destino das exportações piauienses, seguida da União Europeia (31,55%) e Estados Unidos, inclusive Porto Rico (18,60%). Neste ano, a participação da Ásia como destino das exportações passou a 63,25%, uma variação de 231,64% em um ano.

A União Europeia se mantém como o segundo principal destino dos produtos piauienses, com 22,03% das exportações. A África, embora tenha representado apenas 3,30% das exportações do Piauí em 2015, se destaca pelo enorme crescimento em relação ao ano passado (607,41).

O Oriente Médio também é destino das exportações do Piauí, representando 1,61%. Quando se refere aos municípios exportadores, Bom Jesus, Santa Filomena, Uruçuí se destacam como os principais emissores de soja. A oleaginosa também está estimula negócios em Baixa Grande do Ribeiro, Corrente e Altos.

Campo Maior, Piripiri, Picos e Parnaíba também destinam ceras vegetais para fora do país, enquanto Teresina, Picos, Simplício Mendes e Oeiras exportam mel.

Castelo do Piauí, Juazeiro do Piauí e Pedro II também são exportadores de quartzitos e pedras preciosas.

Canto do Buriti também é exportador de melão, enquanto Sebastião Leal se destaca a produção de algodão e Coronel José Dias, louças e cerâmica.



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