Greve dos comerciários pode prejudicar Dia dos Pais;saiba

Com a aproximação do Dia dos Pais, uma data que aquece o setor, os prejuízos com as vendas, caso as lojas permaneçam fechadas até a data, serão altos

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A greve dos comerciários foi retomada anteontem. Eles estão em greve há duas semanas e as constantes manifestações estão fechando as lojas. O Sindicato dos Comerciários (Sindcom) recusou a contraproposta do Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas) durante assembleia realizada na última quarta-feira (23). A greve havia sido suspensa há cerca de uma semana, para que se chegasse a um acordo que colocaria fim ao impasse, mas não houve negociações. Com a aproximação do Dia dos Pais, uma data que aquece o setor, os prejuízos com as vendas, caso as lojas permaneçam fechadas até a data, serão muito altos, de acordo com Luiz Antônio Veloso, presidente do Sindilojas.

?Se continuar como está, é fechar as portas na data mesmo. Os comerciários que não estão aderindo serão prejudicados também. Na verdade, todo mundo se prejudica?. Já para Sérgio Brito, diretor de base do Sindicom, o mais importante é a garantia dos direitos dos trabalhadores. ?Desde abril que a gente vem tentando negociar e eles vêm com deboche, com propostas de R$ 818 e ticket de R$ 4. Querem escravizar os trabalhadores. A gente está aqui para defender os trabalhadores, a gente quer o correto, um reajuste bom para os comerciários. Se a gente não fechar nenhum acordo, vamos continuar. O mais importante é a melhoria de vida deles?.

A reivindicação dos comerciários era o aumento do piso salarial para R$ 1 mil, além de ticket de alimentação de R$ 15,00. Mas durante a mesa de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi oferecido piso salarial de R$ 820, ticket de alimentação no valor de R$ 6 e o aumento de 6% na renda dos funcionários que recebem piso acima da média.

Na contraproposta, o Sindilojas ofereceu piso de R$ 818, ticket alimentação no valor de R$ 4,50, com vale alimentação apenas para as empresas que tenham 20 ou mais funcionários, retirada do aumento da antecipação salarial e a abertura do comércio no feriado de Sábado de Aleluia (Semana Santa) e que as lojas de bairros estejam abertas na quinta-feira também durante a Semana Santa.

No entanto, a categoria recusou a proposta da classe patronal. ?Nós, através do Tribunal do Trabalho, tivemos uma proposta que não era muito o que queríamos, mas aceitamos, nós queremos, pelo menos, que volte a proposta anterior para fechar a negociação. Essa proposta foi costurada com o Tribunal junto com os lojistas, mas na hora H, os lojistas voltaram atrás.

A categoria já tinha aprovado os R$ 820 de salário e ticket de alimentação no valor de R$ 6?, diz Sérgio Brito. Porém, Luiz Antônio Veloso afirma que, na verdade, os comerciários desrespeitaram uma ordem do juiz. ?Eles prometeram parar para renegociar, mas não cumpriram. A proposta foi para a nossa assembleia e para a deles. Na deles foi aceita, mas na nossa, não. O juiz pediu para eles esperarem até segunda [28], mas não esperaram, são intransigentes demais?.

O presidente do Sindilojas acrescenta ainda que está disposto a negociar, mas que os comerciários querem guerra.

?Eles não deixam ninguém trabalhar, não estão garantido o direito de ir e vir. Na minha loja teve seguranças agredidos na sexta e eu não vou fazer acordo nenhum enquanto eles não saírem das ruas?. Portanto, o problema permanece e por tempo indeterminado até os sindicatos entrarem em um novo acordo.



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