Mercado de petróleo opera de olho nos conflitos da Rússia

Os governos dos EUA e da União Europeia expandiram as punições impostas à Rússia

Caso a tensão do Ocidente com a Rússia perdure, o cenário pode ficar diferente | Reprodução/internet
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Os contratos de petróleo de referência nos Estados Unidos e na Europa operam em direções divergentes após o anúncio de uma nova rodada de sanções contra a Rússia na terça-feira, 29. Os governos dos EUA e da União Europeia expandiram as punições impostas à Rússia pelo suposto envolvimento do país na crise da Ucrânia. Agora também são alvo das medidas os setores de energia, finanças e defesa.

Na Europa, operadores viram pouca ameaça à oferta de petróleo da Rússia, já que o país precisa do dinheiro das exportações da commodity. Com isso, às 7h40 (de Brasília), o contrato do brent para setembro negociado na ICE caía 0,13%, para US$ 107,58 por barril.

Analistas do Commerzbank afirmaram que a reação do brent às novas sanções contra a Rússia foi pequena porque os agentes do mercado não estão preocupados com a oferta. "Existe muito pouca chance de a Rússia responder às sanções com um limite na exportação de petróleo, pois o país depende bastante das receitas geradas por essa atividade", destacaram os analistas em nota a clientes.

Nos EUA, porém, os operadores estão concentrados nos baixos estoques em Cushing, ponto de entrega física de petróleo, segundo David Hufton, da corretora PVM. No horário acima, o contrato para setembro negociado na Nymex subia 0,41%, para US$ 101,38 por barril.

Na terça-feira, 29, o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) informou que os estoques norte-americanos de petróleo bruto tiveram uma redução de 4,4 milhões de barris na semana passada. Em Cushing, a queda nos estoques foi de 914 mil barris.

"O fato é que temos duas referências para os preços do petróleo, algumas vezes respondendo aos mesmos fatores e outras vezes respondendo a fatores locais", disse Hufton. O brent continua sendo pressionado porque as ameaças de redução da oferta da Rússia e do Iraque estão diminuindo, comentou o analista. Além disso, há perspectiva de aumento na oferta da Líbia e da Nigéria, acrescentou.

No entanto, caso a tensão do Ocidente com a Rússia perdure, o cenário pode ficar diferente. "No médio a longo prazo, a oferta de petróleo da Rússia pode diminuir em consequência da falta de investimentos, o que provavelmente vai resultar em aumento dos preços do petróleo", observaram os analistas do Commerzbank



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