Eterno Ziraldo publicou 1º desenho aos 6 anos foi e fundou jornal ‘O Pasquim’

Ziraldo, sempre um fervoroso defensor da leitura, deixou como legado a máxima de que “ler é mais importante do que estudar”

Ícone da literatura e do humor | Reprodução
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Ziraldo Alves Pinto, o renomado desenhista e escritor brasileiro, criador de personagens icônicos como o Menino Maluquinho e a Turma do Pererê, faleceu aos 91 anos. Sua morte, ocorrida enquanto dormia em sua residência na Lagoa, zona Sul do Rio de Janeiro, foi confirmada pela família na tarde deste sábado (6). Ziraldo, sempre um fervoroso defensor da leitura, deixou como legado a máxima de que "ler é mais importante do que estudar", incentivando gerações ao hábito da leitura.

Nascido em Caratinga, Minas Gerais, em 1932, Ziraldo teve sua primeira experiência com publicações ainda na infância, aos seis anos, quando seu desenho foi publicado no jornal “A Folha de Minas”. Esse momento marcou o início de uma longa e frutífera carreira no mundo das artes gráficas e da literatura. Na década de 1950, já contribuía regularmente para a mesma publicação com uma página de humor, consolidando seu nome no meio artístico.

Além de seu talento para o desenho, Ziraldo também se destacou na escrita, formando-se em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais. Apesar de sua formação, foi no humor e na crítica social que encontrou sua verdadeira vocação, colaborando com revistas como “A Cigarra” e “O Cruzeiro”, e mais tarde, marcando presença no “Jornal do Brasil”. Personagens memoráveis como Jeremias, o Bom, e a Supermãe nasceram neste período, demonstrando sua capacidade de criar figuras que capturavam a essência do povo brasileiro.

A década de 60 foi um período de intensa produção para Ziraldo, que viu a publicação de "A Turma do Pererê", a primeira revista brasileira do gênero feita por um único autor. Entretanto, a chegada do regime militar impôs desafios, com a interrupção da publicação da revista em 1964. Ziraldo não se dobrou às adversidades; ao contrário, fundou "O Pasquim" junto a outros grandes nomes do humorismo brasileiro, tornando-se um bastião da resistência democrática através do humor e da sátira política, mesmo enfrentando a censura do regime.

O legado de Ziraldo não se limita às suas críticas políticas ou ao humor refinado; ele também se destaca na literatura infantil. "O Menino Maluquinho", publicado em 1980, não apenas conquistou o Prêmio Jabuti, mas também se estabeleceu como um dos maiores fenômenos editoriais do Brasil, dando origem a filmes, peças teatrais e até um desfile de carnaval. Ziraldo, com seu talento e engajamento, deixa um imenso legado cultural, educacional e político, marcando profundamente a cultura brasileira.

O desenhista e cartunista Ziraldo, em momento de trabalho, em foto de arquivo de 18 de maio de 1969. — Foto: IARLI GOULART/ESTADÃO CONTEÚDO Para mais informações, acesse meionews.com



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