FAB ganha mais poder e terá autorização para abater aviões

Será a 1° vez que uma cerimônia presidencial terá suporte aéreo

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Informações enviadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à Força Aérea Brasileira (FAB), fizeram o presidente Michel Temer assinar um decreto, que deve será publicado hoje, dando à Aeronáutica diversas prerrogativas de segurança na posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, no próximo dia 1º. Será a primeira vez que uma cerimônia de transmissão de faixa presidencial precisará contar com o suporte da defesa aérea.

Comandante de Operações Aeroespaciais da Aeronáutica, o major-brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich afirma que, no dia da posse, a Esplanada dos Ministérios será “o ponto mais defendido da história de todo o nosso sistema aeroespacial brasileiro”, mas garante que será uma “ação normal para uma situação excepcional”. A situação é considerada excepcional, porque, segundo o major-brigadeiro, informações de órgãos de inteligência apontaram movimentos suspeitos que podem trazer riscos à cerimônia.

“Nós entendemos que a Força Aérea tinha que estar à altura dessa excepcionalidade num momento em que nós interpretamos informações que vieram da Abin, do GSI, da Polícia Federal e até da nossa própria inteligência, e que indicavam algum risco durante a exposição de tantas autoridades a céu aberto. Então, o Comando da Aeronáutica decidiu solicitar ao presidente (Temer) a assinatura de um decreto que foi assinado hoje (ontem) e será publicado amanhã (hoje) no Diário Oficial da União”, explicou. As informações tidas como “anormais” não foram detalhadas.

Especificamente para a “Operação posse”, que deve durar das 12h às 0h do dia 1º, o decreto solicitado pela FAB dará à Força prerrogativas de segurança no tocante à defesa aeroespacial. Da chamada “Sala de Decisão”, localizada no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), no Lago Sul, poderão ser definidas ações instantâneas, como, por exemplo, a destruição de drones que invadam o raio de 7,4km em volta da Esplanada dos Ministérios, a área vermelha.

“Primeiro será efetuado o tiro de aviso. Se o elemento não for cooperativo, receberá um tiro de detenção. Se entrar na área vermelha, é automaticamente detido através de um míssil: um de guiamento termal, que segue o calor da aeronave, e outro, por laser”, diz o major-brigadeiro Mangrich.

Conforme o Correio antecipou, a Aeronáutica criou uma área de extrema segurança com o objetivo de impedir a entrada de veículos não autorizados em volta da Esplanada dos Ministérios durante todo o dia 1°. Por meio da criação das chamadas “áreas de exclusão”, só aeronaves autorizadas poderão sobrevoar, em um raio de 130km, a partir da Praça dos Três Poderes.

Serão três áreas: vermelha, amarela e branca. Na vermelha, o sobrevoo será proibido, com exceção do helicóptero da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) da Força Aérea. Na amarela, que deve abarcar um raio de 46,3km, que inclui o Aeroporto Internacional de Brasília, será assegurado que nenhum voo comercial seja afetado. Já a área branca, considerada reservada, abrangerá um raio de 129,6km. Para sobrevoá-la, será necessário apenas o plano de voo.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES