Família descobre que túmulo de estudante de Economia morto há 13 anos não tem restos mortais

Quando a família percebeu que houve um engano porque tinha sido comprado no mesmo cemitério um túmulo para João Batista.

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Por Efrém Ribeiro

Família descobre que túmulo de estudante de Economia morto há 13 anos não tem restos mortais

No sábado, João Batista morreu e foi sepultado, por engano, às 9h de domingo no túmulo de seu sobrinho Joe Anderson de Lima Fernandes, que foi sepultado no dia 26 de agosto de 2001, no cemitério Jardim da Ressurreição, na Vila Alto da Ressurreição, na zona Sudeste de Teresina.

Quando a família percebeu que houve um engano porque tinha sido comprado no mesmo cemitério um túmulo para João Batista. O corpo de João Batista foi finalmente sepultado em seu real jazigo, depois de ser retirado do túmulo de Joe Anderson. Como na confusão, o que gerou grandes transtornos para a família, o pai e os irmãos de Joe Anderson de Lima Fernandes percebeu que 13 anos após o sepultamento não existem restos mortais em seu túmulo.

O irmão de Joe Anderson de Lima Fernandes, o publicitário Karlos Regazzoni, prestou queixa na Delegacia de Polícia Civil pelo desaparecimento dos restos mortais do ex-estudante de Economia e anunciou que vai impetrar com ação na Justiça contra o cemitério Jardim da Ressurreição, que é privado.

“O sepultamento de meu tio era para ser em um determinado túmulo no Cemitério Jardim da Ressurreição, eles acabaram trocando e sepultando o seu caixão no túmulo de meu irmão, que está sepultado no local há 13 anos. Ficou uma situação constrangedora para a família porque você imagine todos já com o sofrimento da morte ter que passar por isso. Acabou que a gente foi reclamar na direção do Cemitério Jardim da Ressurreição, para alguém que estava presente. Imaginem o constrangimento, o inconveniente. Então, levaram o corpo do meu tio que estava sepultado no túmulo de meu irmão e sepultaram em outro. Então, ocorreram dois sepultamentos para o corpo de meu tio”, falou Karlos Regazzoni.

Segundo ele, o sepultamento de João Batista começou às 9h de domingo. “Depois, a gente veio ver a cova de meu irmão, onde está sepultado desde 2001, e percebemos que não tem nenhum resto mortal. Onde foram parar os restos mortais de meu irmão. Os funcionários do cemitério vieram ao túmulo e concluíram que ninguém tinha sido sepultado no túmulo”, acrescentou Regazzoni.

Karlos Regazzoni ressalta que a família de Joe Anderson há 13 anos vai para seu túmulo, coloca flores, faz orações, os amigos vão prestar homenagens póstumas na cova e agora percebem, perplexos, que o corpo do ex-estudante de Economia não está no local. “Irmãos, pais, outros familiares e amigos fazem homenagens para ninguém. Por isso, reclamamos para a direção do cemitério, prestamos queixa na Delegacia de Polícia e vamos impetrar um processo contra a empresa. Quantas família que tiveram seus parentes sepultadas no cemitério não podem estar passando por isso?”, indaga Karlos Regazzoni.

O primo de Joe Anderson, o soldado da Polícia Militar (PM) Ricardo Augusto, falou que o corpo do ex-estudante de Economia pode estar sepultado no túmulo ao lado, que não tem nenhuma identificação e lápide porque foi sepultado no lado dos túmulos de números pares e por uma falha do cemitério o número 40 foi saltado, existindo lápides e identificação apenas dos túmulos 38 e 42.

“A quadra onde Joe está sepultado é de números pares e um número, o do túmulo 40, foi pulado e isso isso ocorreu algumas pessoas podem estar sepultadas nos túmulos errados e suas famílias podem, em tese, estar fazendo orações e as homenagens para as pessoas erradas. Isso, com você certeza, vai gerar muita confusão. É uma bagunça danada. Sabe-se lá se o corpo de Joe está sepultado na cova ao lado de seu túmulo”, fala Ricardo Augusto.

“Existem duas hipóteses: o erro pode ser apenas no sepultamento de meu irmão e erraram em um só local e podem ter errado tudo e várias famílias estão prestando homenagens para outros corpos de outras pessoas de outras famílias. Isso é um absurdo. É um caso de polícia. De uma situação desagradável, o sepultamento de meu tio na cova errada, descobrimos uma situação mais desagradável ainda”, define Karlos Regazzoni.

A família de Joe Anderson de Lima Fernandes acha que será necessário exame de DNA, que demora, para saber onde está os restos mortais e se são dele mesmo.






 



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