Fechada clínica que batia pacientes com bastões escritos: 'a cura'

A clínica tratava dependentes químicos

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A Polícia Civil de São Paulo fechou uma clínica para tratamento de dependentes químicos após internados pedirem ajuda e dizerem que eram vítimas de tortura.

Localizado em uma chácara no centro de Itariri, na região do Vale do Ribeira, interior paulista, o local estava em condição irregular.

O alerta dos investigadores foi acionado após a fuga de uma interna. Na manhã deste sábado (1º) as suspeitas foram confirmadas após a Polícia Militar ser acionada por um cuidador para verificar uma briga entre pacientes da clínica.

No local tinham 16 pessoas internadas – seis delas eram menores de idade, os ambientes estavam sujos, mal conservados, havia uma piscina sem proteção e ainda remédios espalhados por todos os cômodos da chácara.

Segundo a Polícia, os pacientes estavam sob a responsabilidade de três cuidadores, que também eram internos e que passaram por tratamento e foram colocados como “responsáveis” pelos outros pacientes.

À Polícia, os pacientes disseram que eram agredidos com pedaços de madeira com os escritos “A Cura” e “Só Por Hoje”. Um taco de beisebol de plástico além de um facão também eram apontados como objetos de tortura e foram apreendidos como provas.

Os pacientes disseram ainda ter pouco contato com familiares e que quando ocorriam ligações, estas eram feitas sob supervisão dos responsáveis pela clínica. Eles ameaçavam os pacientes para dizer que estavam bem e se recuperando.

Os remédios controlados eram recebidos pelos pacientes de maneira aleatória e sem orientação médica. Os internos também eram jogados na piscina durante a noite, enquanto dormiam. De acordo com a polícia, eles também eram alvos de ofensas e agressões verbais por parte dos funcionários.

Com a situação confirmada, foi acionada uma força-tarefa com a Prefeitura. Os conselheiros tutelares estão com a responsabilidade de cuidar dos menores, enquanto uma equipe de médicos psicólogos e psiquiatras fizeram a assistência dos adultos.

Foram identificados como donos da clínica dois homens e uma mulher, mas eles ainda não foram localizados pela Polícia. O local foi fechado e o proprietário da chácara foi comunicado. A clínica funcionava sem autorização da administração municipal.



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