Greve de caminhoneiros entra no 9º dia com bloqueios de BRs no PI

Atualizado às 13h30

Imagens registradas na tarde desta terça-feira (29)  pelo drone do Departamento de Jornalismo da Rede Meio Norte mostram longa fila de caminhões na BR-316 na altura da Tabuleta, zona Sul de Teresina.

O local é um dos principais pontos de concentração de caminhoneiros que ainda não retornaram ao trabalho e por isso há muita demora para voltar a normalidade.

O governo apresentou medida para reduzir o valor do litro do diesel nas bombas em 46 centavos. O preço seria congelado por 60 dias, mas ainda não houve consenso entre a categoria.

"Não estamos aqui para causar danos maiores que a população já vem sofrendo. O que nós queremos: nossa finalidade é conquistar a população e mostrar que essa luta não é dos caminhoneiros do Brasil, mas sim de toda a população, porque ninguém suporta mais esses altos preços no preço dos combustíveis", afirmou um dos representantes do movimento dos caminhoneiros no Piauí. 

Greve de caminhoneiros entra no 9º dia com bloqueios de BRs no PI

Os caminhoneiros continuam fazendo protestos em rodovias do país nesta terça-feira (29), o 9º dia da greve. Há atos em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal. Em Teresina, o combustível começou a chegar em parte dos postos, e a oferta de transporte público também dá sinais de melhora com 70% da frota circulando.

No Piauí, há pelo menos cinco atos acontecendo com o bloqueio de quatro BRs, sendo um em Teresina na BR-316, no bairro Tabuleta, outro em Floriano, no KM 1 da BR-316, mais um em Picos, no KM 323, da BR-316 e outro em Bom Jesus, no KM 351, da BR-135. Em todos os pontos a passagem de caminhões está sendo barrada.

Um outro grupo de manifestantes segue realizando um protesto pacífico na BR- 343, na entrada do terminal de petróleo de Teresina, contudo a saída dos caminhões está acontecendo normalmente. Viaturas da polícia acompanham a movimentação, após o local ter sido desobstruído na noite de segunda (28).

Para atender as reivindicações dos grevistas, o presidente Michel Temer anunciou no domingo (27) a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, entre outras medidas. Enquanto parte dos representantes dos caminhoneiros disse aceitar a proposta e encerrar a grave, sindicatos e outras lideranças esperam mais garantias do governo.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirma que a situação ainda está longe do ideal e deve demorar pelo menos uma semana para voltar ao normal.