Incêndio: Mulher queimada viva pediu ajuda antes de morrer; áudio!

A família da operadora de telemarketing Carla Pereira de Abreu, de 25 anos, que morreu na quarta-feira (11) após duas semanas internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em decorrência de queimaduras durante incêndio no último dia 30 de junho, divulgou áudios e vídeos que mostram que a jovem pediu ajuda. 

O namorado de Carla, Luís Pereira Gonzaga, de 54 anos, foi o primeiro a falecer. Os dois estavam dormindo em casa no último dia 30 de junho, quando o cunhado da jovem, José Fernando Pereira Gonzaga, de 47 anos, que sofre de problemas mentais, ateou fogo no quarto do casal. 

Carla teve 50% do corpo queimado. Luís Pereira Gonzaga, que teve 80% do corpo tomado pelas chamas, também não resistiu às graves queimaduras que sofreu durante o incêndio e morreu na tarde do dia 02 de julho.

Em um dos áudios, Carla relata que ela e o namorado foram trancados dentro do quarto que, em seguida, foi incendiado com querosene por seu cunhado. “Eles tiveram uma breve discussão. Quando foi por volta das 3 e meia da manhã, ele começou a derramar querosene, ou foi álcool, por baixo da porta do nosso quarto, trancou a gente por fora e jogou palitos de fósforo, e começou a pegar fogo”, diz Carla no áudio. 

Em um vídeo gravado por familiares, ela aparece bastante aflita e usando uma toalha para tentar amenizar as queimaduras. "O rapaz que prendeu a gente tá lá dentro. Por favor, entra pra prender ele", relata ela. 

Ao perceber as chamas se alastrando rapidamente, Carla Pereira conseguiu pedir ajuda para quem passava na rua, através de uma janela que também é reforçada com grades, o que impossibilitou sua saída do local. Mesmo ferida, ela conseguiu ligar para o Corpo de Bombeiros e pedir ajuda para mãe.

O homem apontado como responsável pelas duas mortes teria esquizofrenia. Luís Pereira instalou uma porta de aço reforçada no quarto para evitar contato do irmão com ele e a esposa.

No dia do incêndio,  Luís Pereira Gonzaga teria esquecido de trancar a porta do quarto, momento em que o irmão entrou e usou querosene para atear fogo no local.