Integração otimiza trânsito na capital

Egídio Brito

Para o Theresina

A mais recente construção urbanística da cidade de Teresina exigiu investimentos e planejamento. A partir do plano de mobilidade urbana, foi preciso monitorar a evolução do trânsito local. De acordo com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), por ano, a capital piauiense registra um crescimento de 25 a 30 mil novos veículos. Portanto, otimizar o espaço público para a maioria da população, por meio do sistema Inthegra, tem sido um grande desafio para a direção de trânsito e sistema viário do município.

Crédito: José Alves Filho

A passagem dos ônibus pelas vias mais movimentadas de Teresina é, hoje, uma prioridade. Os corredores exclusivos possibilitam uma maior dinâmica aos coletivos, mas para dar fluidez ao trânsito, novas rotas foram criadas e retornos foram fechados, até mesmo nos bairros, como na avenida principal do bairro Dirceu, na zona Sudeste.

A implantação de novos semáforos deu o tempo necessário para que o deslocamento dos coletivos seja feito no tempo planejado pelos engenheiros de trânsito. Só na primeira fase de implantação do projeto Inthegra, a prefeitura investiu R$ 372 milhões na construção dos terminais, paradas e aquisição de novos equipamentos.

“A nossa ideia é que as pessoas possam usar mais o sistema de integração, pois os coletivos têm o poder de trafegar e transportar muito mais pessoas que o carro de passeio. Temos que otimizar o trânsito da nossa cidade, e com o crescimento da frota de veículos, o ideal é usar o transporte público”, disse José Falcão, diretor de Trânsito e Sistema Viário da Strans.

Crédito: José Alves Filho

Sinais sonoros dão mais segurança ao pedestre

Os sinais sonoros para pedestres possibilitam, hoje, um acesso mais seguro às estações de transbordo, que foram construídas em meio aos antigos canteiros centrais. Aquela sensação de insegurança, na hora de atravessar a avenida, ficou no passado.

Crédito: José Alves Filho

“Antes, eu ficava muito inseguro ao atravessar a Avenida Miguel Rosa, os carros não paravam, mas com a faixa de pedestre e o sinal sonoro, já não sinto tanto medo”, afirma Antônio José, aposentado e morador do Bairro Macaúba. 

As vias alternativas são aliadas ao sistema de integração, quem não usa o transporte público e deseja seguir sem dividir espaço com os coletivos, pode trafegar por ruas paralelas, que recentemente foram pavimentadas pela Prefeitura, como é o caso da Avenida 13 de Maio, que fica ao lado da Avenida Miguel Rosa, na zona Sul de Teresina. 

Sistema recebe investimentos em tecnologia

Crédito: José Alves Filho

O investimento em tecnologia foi outro ponto primordial para a execução do Inthegra. O sistema de bilhetagem se consolidou, os empresários ligados ao setor tiveram que disponibilizar à população ônibus mais modernos, confortáveis e adaptados às necessidades dos diversos tipos de passageiros.

“A outra tecnologia que precisou ser evoluída foi o sistema de rastreamento dos veículos, que possibilita identificar onde está situado o carro de cada linha. Além disso, houve a implementação e obrigatoriedade do uso do cartão eletrônico”, ressalta Denilson Guerra, gerente de Planejamento da Strans. 

A construção dos espaços físicos para disponibilizar o sistema de integração avança por toda a cidade. Os terminais de integração e as paradas de transbordo já construídas precisam ser preservadas. É o que ressalta o gerente de Engenharia e Tráfego da Strans, José Lopes.

Segundo ele, a Prefeitura de Teresina mantém, diariamente, equipes responsáveis pela segurança e preservação desses espaços que, muitas vezes, são alvo da ação de pessoas que insistem em sujar e destruir.

“A Strans está com o trabalho de refazer pinturas e recolar adesivos, pois em algumas estações, isso já foi destruído, e vamos fazer isso de forma continuada nas demais paradas e terminais”, disse José Lopes, gerente de Engenharia e Tráfego da Strans.

Crédito: Raíssa MOrais

Apesar de todo o esforço da Prefeitura para manter a limpeza e segurança dos terminais e estações, é preciso que a população também colabore com a preservação do patrimônio público. É o pedido de Francisco Nogueira, diretor de Transportes e Trânsito da Strans.